Árvores 4-5m; ramos inermes, escabérulos; tricomas estrelados sésseis, estrelados setosos e plumosos; estípulas 3-6×1mm, lanceoladas, escabérulas.
Folhas II-X/16-30; espículas interpinais ausentes; parafilídios subulados; folíolos ligeiramente crescentes em direção ao ápice; foliólulos 3-7×1mm, oblongos, cartáceos, glabros a pubescentes.
Espiga 15-45×3mm, cilíndrica, solitária ou 2-fasciculada, axilar. Flores 4-meras, isostêmones; cálice 0,4-0,7mm, cupuliforme, denteado, ciliado; corola ca. 1,5mm, campanulada, pubescente, lacínias eretas; estames unidos na base (ca. 1mm), filetes alvos, anteras oblongoides, estaminódios presentes ou ausentes; ovário séssil, glabro.
Craspédio 1-2×0,5cm, elíptico a oblongo, séssil, cartáceo, escabérulo, castanho, artículos planocompressos, replo reto ou ligeiramente constrito entre as sementes, escabérulos; sementes 1-4, elipsoides, negras.
Espécie descontinuamente distribuída no estado de Minas Gerais, Rio de Janeiro e São Paulo, geralmente em floresta ombrófila mista, mata ciliar, ou próximo a curso d’água, em altitudes que variam de 1.400m a 1.650m (Savassi-Coutinho 2009). Em São Paulo é referida apenas para o municipio de Cunha. E9: floresta ombrófila densa montana. Frutos foram observadas em dezembro.
Mimosa myuros apresenta hábito arbóreo, folhas com dois a dez pares de folíolos, cálice conspícuo e filetes alvos. É morfologicamente mais relacionada a M. scabrella, porém esta última possui espigas globosas e filetes amarelos.
Fonte: TAMASHIRO, J. Y. & ESCOBAR, N. A. G. Subfamília Mimosoideae. Parte integrante da Flora Fanerogâmica do Estado de São Paulo, Instituto de Botânica, São Paulo, v. 8, p. 84-166, 2016.