Subarbustos 1,5-2m; ramos inermes, estrigosos; tricomas simples, rígidos, adpressos ou ligeiramente retos, entremeados por tricomas curtos e recurvados; estípulas 4-6×0,8-1mm, triangulares a lanceoladas, estrigosas.
Folhas XIV-XVIII/44-49, curto-pediceladas; espículas interpinais ausentes; folíolos praticamente do mesmo tamanho; parafilídios lanceolados a triangulares; foliólulos 3-4×1mm, oblongos, membranáceos, glandulosos.
Espiga 4-5mm diâm., cilíndrica, curto-pedunculada, 2-fasciculada, agrupada em panícula terminal. Flores 4-meras, isostêmones; cálice 1-1,5mm, papiforme; corola 2-2,5mm, tubulosa, lacínias côncavas, esparsadamente tomentosa; estames livres, filetes vermelho-escuros, anteras oblongoides; estaminódios ausentes; ovário séssil, viloso.
Craspédio (Barneby 1991) 0,4×0,2cm, oblongo, cartáceo, híspido; semente 1.
Mimosa myriophylla é conhecida por poucas coletas provenientes de áreas da Argentina, Brasil e Paraguai. No Brasil é observada em Minas Gerais, Paraná, Rio Grande do Sul e São Paulo, crescendo em borda de mata ciliar, campos gerais, campo rupestre, em altitudes de até 1.250m. Em São Paulo, ocorre geralmente associada a campos gerais e campos de altitudes, sendo representada, principalmente, por coletas históricas. C7, E7: campos. Floresce de janeiro a abril e frutifica em maio e junho.
Os principais caracteres diagnósticos desta espécie encontram-se nas inflorescências e nas flores, podendo ser identificada pelas espigas curto-pedunculadas, muitas vezes, dando um aspecto de séssil às mesmas, botões ovoides, cálice papiforme, além dos filetes de coloração vermelha.
Fonte: TAMASHIRO, J. Y. & ESCOBAR, N. A. G. Subfamília Mimosoideae. Parte integrante da Flora Fanerogâmica do Estado de São Paulo, Instituto de Botânica, São Paulo, v. 8, p. 84-166, 2016.