Fabaceae – Mimosa monticola

Subarbustos, escandentes, bastante ramificados; ramos inermes, retro-estrigosos, marrons; tricomas simples, rígidos, adpressos; estípulas 2-3×1-2mm, triangulares, 5-8-nervadas, retro-estrigosas.

Folhas I/9-12; espículas interpinais ausentes; parafilídios ovais; foliólulos 4-5×1-2mm, oblongos, membranáceos, ciliados, glabros.

Espiga 4-5mm diâm., globosa, solitária, axilar. Flores 4-meras, isostêmones, glabra; cálice 0,2-0,3mm, campanulado; corola 2-2,5mm, tubulosa, lacínias côncavas; estames brevemente unidos na base, filetes róseos, anteras oblongoovoides; estaminódios ausentes; ovário séssil, glabro.

Craspédio 1-1,5×0,5cm, oblongo, subséssil, cartáceo, glabro a glabrescente, marrom, artículos dilatados na região da semente, replo ligeiramente constrito entre os artículos, esparsadamente híspido, com tricomas antrorsos; sementes não observadas.

É endêmica da Serra da Mantiqueira, ocorrendo frequentemente em campos de altitudes acima de 2.400m. Mimosa monticola trata-se de uma espécie conhecida por poucas coletas e com poucas informações sobre a sua ecologia, isso provavelmente se deve à dificuldade de acesso às regiões montanhosas de altitudes elevadas. D8: campos de altitude. Flores e frutos são observados em fevereiro.

Esta espécie é muito próxima e difícil de diferenciar de Mimosa gymnas. Ambas compartilham o mesmo hábito subarbustivo, com apenas um par de folíolos por folhas, espigas globosas e filetes róseos. As principais diferenças
entre elas residem no maior número de nervuras sobre as estípulas (5-8 em M. monticola vs. 1-3 em M. gymnas)
e no tamanho dos foliólulos (4-5×1-2mm vs. 5-7×1,6-2mm). Estas características podem não ser relevantes taxonomicamente e é possível que os dois táxons sejam coespecíficos. Barneby (1991) descreveu M. monticola var. schwackeana Barneby, diferenciada da variedade típica (var. monticola) principalmente pelo número e tamanho dos foliólulos. Em São Paulo ocorre apenas a var. monticola.

Fonte: TAMASHIRO, J. Y. & ESCOBAR, N. A. G. Subfamília Mimosoideae. Parte integrante da Flora Fanerogâmica do Estado de São Paulo, Instituto de Botânica, São Paulo, v. 8, p. 84-166, 2016.

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