Arbustos 0,8-2m; ramos inermes, escabrosos; tricomas simples, adpressos, antrorsos; estípulas 1,8-2,5×0,5-1mm, triangulares, escabrosas.
Folhas VIIXI/14-28; espículas interpinais triangulares presentes no último par de folíolos; folíolos ligeiramente crescentes em direção ao ápice; parafilídios ovais; foliólulos 1,3-2×0,4-1mm, oblongos, cartáceos, glabros, às vezes
ciliados.
Espiga 4-7mm diâm., globosa, agrupada em pseudorracemos terminais. Flores 4-meras, isostêmones; cálice 1,0-1,5mm, papiforme; corola 2-2,5mm, tubulosa, pubescente-tomentosa, lacínias eretas, com nervuras inconspícuas; estames livres, filetes róseos, anteras oblongoides; estaminódios ausentes; ovário séssil, glabro.
Craspédio 0,9-1,7×0,4-0,6cm, elíptico, séssil, cartáceo, escabroso, marrom, artículos dilatados na região da semente, replo reto, rompimento ocorrendo no ápice das valvas contínuas, não quebrando em artículos monospérmicos, escabroso; sementes 3-4, ovais, marrons.
Ocorre apenas nos estados do Paraná, Santa Catarina (Barneby, 1991) e São Paulo. Neste último estado, cresce em vegetação de cerrado e em campo sujo, sobre solo arenoso ou pedregoso. E5, F4: cerrado, campo sujo. Floresce e frutifica em fevereiro, junho, agosto e dezembro.
Mimosa micropteris pode ser facilmente diagnosticada pelos frutos sésseis, cujo replo rompe-se no ápice das valvas contínuas, não quebrando em artículos monospérmicos. Os ramos inermes, as espigas reunidas em pseudorracemos terminais e o cálice papiforme, também podem auxiliar no seu reconhecimento. Dentro desta espécie, Barneby (1991) reconheceu duas variedades, das quais apenas a variedade micropteris ocorre no estado de São Paulo.
Fonte: TAMASHIRO, J. Y. & ESCOBAR, N. A. G. Subfamília Mimosoideae. Parte integrante da Flora Fanerogâmica do Estado de São Paulo, Instituto de Botânica, São Paulo, v. 8, p. 84-166, 2016.