Fabaceae – Mimosa iperoensis

Subarbustos a arbustos 50cm, eretos; ramos inermes, tomentosos a vilosos; tricomas simples entremeados por
tricomas glandulares estipitados; estípulas 2-3×1-1,5mm, triangulares a lanceoladas, glandular-ciliadas.

Folhas V-VI/10-14; espículas interpinais ausentes; folíolos crescentes em direção ao ápice; parafilídios lanceolados a ovais; foliólulos 2-3×1mm, oblongos, cartáceos, ciliadoglandulares, glabros a pilosos.

Espiga 4-5mm diâm., globosa, axilar. Flores 4-meras, diplostêmones; cálice 0,5-1mm, campanulado, glandular-ciliado; corola 2,5-3mm, campanulada, glabra, lacínias eretas, 1-nervadas; estames livres, filetes róseos, anteras oblongoides; estaminódios ausentes; ovário séssil, densamente glandular.

Fruto (Barneby 1991), 11-25×5mm, oblongo, subséssil, artículos plano-compressos; semente (1)-4, obovais.

Mimosa iperoensis é observada no Brasil e no Paraguai. Em território brasileiro ocorre apenas nos estados do Paraná e São Paulo, crescendo em áreas de campo, em altitudes que variam de 300 a 600m. E5, D6, E6: campo. Floresce em junho e novembro.

Pode ser reconhecida pelas estípulas glandularciliadas, folhas com cinco a seis pares de folíolos, flores dispostas em espigas globosas, cálice ciliado-glandular e filetes róseos. Mimosa iperoensis pode ser facilmente confundida com M. adenocarpa, diferenciando-se desta principalmente pelos ramos inermes (vs. aculeados) e estípulas e cálice ciliado-glandulares (vs. estípulas e cálice não ciliado-glandulares). Com base principalmente no tamanho dos folíolos e números de foliólulos, Barneby (1991) reconheceu para esta espécie duas variedades, M. iperoensis var. paradenia Barneby e var. iperoensis, das quais apenas a variedade típica ocorre em São Paulo.

Fonte: TAMASHIRO, J. Y. & ESCOBAR, N. A. G. Subfamília Mimosoideae. Parte integrante da Flora Fanerogâmica do Estado de São Paulo, Instituto de Botânica, São Paulo, v. 8, p. 84-166, 2016.

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