Arbustos 1-2m, decumbentes; ramos aculeados, estrigosos; tricomas simples; acúleos retos a ligeiramente encurvados, base larga, estendendo-se para a raque foliar; estípulas 4-5×1,5-2mm, lanceoladas, 5-9-nervadas,
estrigosas.
Folhas VII-X/25-33; espículas interpinais espinescentes, presentes entre todos os pares de folíolos; folíolos praticamente de mesmo tamanho; parafilídios ovais; foliólulos 5,5-7×1mm, estreitamente oblongos, cartáceos, ciliados ou não, puberulentos, 5-nervados, todas as nervuras atingindo o ápice.
Espiga 5-6mm diâm., elipsoide, solitária a 2-fasciculada, axilar. Flores 4-meras, diplostêmones; cálice 0,4-0,5mm, campanulado, estrigoso no ápice; corola 2-2,5mm, campanulada, glabra, lacínias eretas, 1-nervada; estames livres, filetes róseos, anteras oblongoides; estaminódios ausentes; ovário estipitado, glabro.
Craspédio 3,5-4,5×1cm, oblongo, estipitado, cartáceo, esparsadamente estrigoso, marrom, artículos dilatados na região da semente, replo reto, estrigoso; sementes 6-11, ovoides, marrons.
Espécie típica de áreas de restinga, ocorrendo na Argentina e no Brasil (BA, ES, RJ, SP). Na Argentina é conhecida da província de chaco, crescendo em locais próximos do rio Paraná. E8: restinga. Floresce em outubro. Não foram observados espécimens com frutos coletados em São Paulo.
Pelo hábito arbustivo, ramos e raques foliares aculeados e pelas espigas elipsoides, esta espécie pode ser facilmente confundida com M. pigra, da qual pode ser diferenciada principalmente pela morfologia do fruto. Em M. elliptica, os frutos são menores (3,5-4,5×1cm) e esparsadamente estrigosos (vs. 5-8,5×0,9-1,5cm, densamente hirsutos em M. pigra).
Fonte: TAMASHIRO, J. Y. & ESCOBAR, N. A. G. Subfamília Mimosoideae. Parte integrante da Flora Fanerogâmica do Estado de São Paulo, Instituto de Botânica, São Paulo, v. 8, p. 84-166, 2016.