Fabaceae – Mimosa dryandroides

Arbustos 1,5m; ramos inermes, estrigosos; tricomas rígidos entremeados por tricomas adpressos, antrorsos; estípulas 2-3,5×0,2-0,6mm, triangulares, estrigosas.

Folhas I/23-24; espículas interpinais triangulares; parafilídios ausentes; foliólulos 2-4×1mm, oblongos, cartáceos, discolores, face adaxial verde, lustrosa, glabra, face abaxial acinzentada, tomentosa-vilosa.

Espiga 7-15×4-5mm, cilíndrica, 1-2-fasciculada, axilar. Flores 4-meras, isostêmones; cálice 0,7-1mm, papiforme; corola 2-3mm, campanulada, velutina, recoberta por tricomas retrorsos, lacínias eretas; estames livres, filetes róseos,
anteras oblongoides; estaminódios ausentes; ovário séssil, glabro.

Craspédio 1,3-2,2×0,5cm, oblongo, séssil, cartáceo, escabroso, marrom, artículos dilatados na região da semente, replo ligeiramente ondulado, escabroso; sementes não observadas.

Ocorre apenas em Minas Gerais, Paraná, Rio de Janeiro e São Paulo, crescendo em campos gerais, floresta montana e áreas próximas a cursos d´água, em altitudes acima 1.000m. D8: campos de altitude. Floresce e frutifica em fevereiro, março e setembro.

Esta espécie pode ser reconhecida pelos foliólulos fortemente discolores com a face adaxial verde e abaxial acinzentada e pelos tricomas adpressos e antrorsos presentes sobre as estruturas vegetativas e reprodutivas. Além disso, as flores são reunidas em espigas cilíndricas e os filetes são róseos, o que facilita o seu reconhecimento. Dentro desta espécie, Barneby (1991) reconheceu duas variedades, Mimosa dryandroides var. extratropical Barneby e a variedade típica, baseado em características relacionados às folhas e às inflorescências. Em São Paulo ocorre apenas M. dryandroides var. dryandroides.

Fonte: TAMASHIRO, J. Y. & ESCOBAR, N. A. G. Subfamília Mimosoideae. Parte integrante da Flora Fanerogâmica do Estado de São Paulo, Instituto de Botânica, São Paulo, v. 8, p. 84-166, 2016.

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