Subarbustos 0,5-1m, prostrados a escandentes; ramos angulosos, aculeados glabro-puberulentos, costados; tricomas simples; acúleos, recurvados, dispostos em fileiras longitudinais sobre as costelas, estendendo-se também no pecíolo; estípulas 3-5×0,4-0,7mm, lanceolada-lineares.
Folhas II-III/12-20; espículas interpinais filiformes; folíolos crescentes em direção ao ápice; parafilídios ovais; foliólulos 5-12×1-3mm, linear-oblongos, membranáceos, face adaxial puberulenta, face abaxial glabra.
Espiga 4-5mm diâm., globosa, solitária a 2-fasciculada, axilar. Flores pentâmeras, raramente 4-meras, diplostêmones, glabras; cálice ca. 0,5mm, campanulado; corola 2,5-3mm, campanulada, lacínias eretas; estames livres, filetes róseos, anteras oblongoides; estaminódios ausentes; ovário séssil, piloso.
Frutos 7-15×0,2-0,4cm, séssil, linear, quadrangular em seção transversal, cartáceo, híspido, castanho, valvas contínuas, não dividindo em artículos monospérmicos, replo reto, espesso, glabro, aculeado; sementes 8-30, elipsoides, cinzas.
Apresenta ampla distribuição nas Américas, estendendo-se desde o sul dos Estados Unidos até Argentina. No Brasil distribui-se do norte ao sul. D6, E8: geralmente associada a ambientes antropizados, embora também seja verificada em áreas de caatinga, cerrado e mata ciliar. Floresce e frutifica em maio e setembro.
Mimosa candollei pode ser diferenciada das demais espécies por ser a única que possui frutos quadrangulares em seção transversal, com valvas contínuas não dividindo em artículos monospérmicos e replo geralmente mais largo que valvas. Além disso, as flores predominantemente pentâmeras e as sementes cinza também podem auxiliar no seu reconhecimento.
Fonte: TAMASHIRO, J. Y. & ESCOBAR, N. A. G. Subfamília Mimosoideae. Parte integrante da Flora Fanerogâmica do Estado de São Paulo, Instituto de Botânica, São Paulo, v. 8, p. 84-166, 2016.