Subarbustos 0,5-1m, decumbentes; ramos inermes, hirsutos; tricomas simples; estípulas 2-6×1-2mm, lanceoladas a triangulares, ciliadas, 1-3-nervadas.
Folhas I/15-29; espículas interpinais subuladas; parafilídios subulados; foliólulos 6-9×2-2,5mm, oblongos, cartáceos,
seríceos.
Espiga 4-6mm diâm., elipsoide, solitária, axilar. Flores 4-meras, isostêmones; cálice 0,5-0,7mm, campanulado, curto-ciliado; corola 2-2,5mm, tubulosa, glabra, lacínias eretas; estames livres, filetes lilás, anteras oblongo-ovoides; estaminódios ausentes; ovário séssil, glabro.
Craspédio (Barneby 1991) 1-1,7×0,3cm, híspido, artículos dilatados na região da semente; sementes não observadas.
Apresenta distribuição descontínua ao longo do rio Paraguai (Paraguai, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul) e na região Centro-Oeste de São Paulo. C6, D7: áreas de cerrado e campo sujo, em altitudes que variam de 250-600m. Floresce em setembro e outubro.
A principal característica diagnóstica desta espécie encontra-se na nervação broquidódroma dos foliólulos, cujas nervuras, proeminentes e pálidas, contrastam com a coloração verde da lâmina. Dentre as espécies com apenas um par de folíolos, pode ser mais facilmente confundida com M. xanthocentra. No entanto, diferencia-se especialmente pelo número de nervuras das estípulas (1-3 vs. 3-7 em M. xanthocentra) e o número de foliólulos (15-29 vs. 32-77).
Fonte: TAMASHIRO, J. Y. & ESCOBAR, N. A. G. Subfamília Mimosoideae. Parte integrante da Flora Fanerogâmica do Estado de São Paulo, Instituto de Botânica, São Paulo, v. 8, p. 84-166, 2016.