Arbustos 2-2,5m; ramos aculeados, acúleos internodais, retos, ascendentes, base larga, ocorrendo também sobre o eixo foliar e pedúnculo, pilosos; tricomas simples entremeados com glandulares; estípulas 4-9×0,9-1mm, triangulares, pubescentes, discretamente 1-3-nervadas, não ciliado-glandulares.
Folhas IVVI/14-28; espículas interpinais estreitamente triangulares; folíolos crescentes em direção ao ápice; parafilídios ausentes; foliólulos 4-6×1mm, oblongos, cartáceos, face adaxial glabra, abaxial pubescente, margem ciliada.
Espiga 4-5mm diâm, globosa, solitária, axilar. Flores 4-meras, diplostêmones; cálice 0,4-0,6mm, tubuloso, discretamente 4-denteado, curtamente ciliado; corola 2-2,5mm, campanulada, pubescente, lacínias eretas; estames livres, filetes lilás, anteras oblongo-ovoides; estaminódios ausentes; ovário séssil, seríceo.
Craspédio 3,5-4,5×0,5cm, linear-oblongo, séssil, cartáceo, setoso, marrom escuro, artículos dilatados na região da semente, replo reto a discretamente ondulado, setoso; sementes 7-8, ovoides, marrons.
Trata-se de uma espécie endêmica do Brasil, ocorrendo nas regiões Centro-Oeste (MS, DF, GO), Nordeste (BA, PE) e Sudeste (MG, SP). D6, E5: cerrado ou, menos frequentemente, em borda de floresta estacional, crescendo em beira de estrada, pastagens ou em áreas de cultivo abandonadas. Floresce e frutifica de março a agosto.
Mimosa adenocarpa pode ser reconhecida, principalmente, pelos ramos aculeados e glandulares, cujos acúleos são retos, ascendentes e estendem-se também sobre o eixo foliar e pedúnculo, inflorescências globosas e filetes lilás.
Fonte: TAMASHIRO, J. Y. & ESCOBAR, N. A. G. Subfamília Mimosoideae. Parte integrante da Flora Fanerogâmica do Estado de São Paulo, Instituto de Botânica, São Paulo, v. 8, p. 84-166, 2016.