Árvores até 17m, inermes; ramos terminais cilíndricos, pubescente-ferrugíneos; estípulas não vistas.
Folhas com pecíolo e raque vilosos a tomentosos; pecíolo (3-)4-5,5cm e raque (12-)15-28cm; folíolos 16-31, simétricos, papiráceos, ovais, raro elípticos, (2,5-)2,8-8,3×1,3-2,5cm, ápice acuminado, margem inteira, base assimétrica, obtusa a arredondada, glabros a glabrescentes.
Inflorescência em racemos isolados nas axilas das folhas ou panículas terminais, 17-26cm. Flores com sépalas
imbricadas, 0,9-1,3×0,5-0,6cm, oblongas a obovaloblongas, ápice truncado a arredondado, pubescentes; pétalas 2,4-2,7×1,3-1,7cm, obovais; filetes 1-1,7cm, anteras bitecas, dorsifixas, rimosas, 2,3-2,7×0,7-0,8mm, oblongas; ovário 0,9-1,1×0,2cm, pubescente, óvulos 9, estigma puntiforme, piloso.
Criptolomento 7,5-13,5×4-4,5cm, pericarpo lenhoso, nervuras transversais, com ou sem constrição transversal; artículos (semente envolta pelo endocarpo) 8-10, 3,7-4,3cm.
Espécie endêmica do Brasil, ocorrente nos estados de Alagoas, Bahia, Minas Gerais, Espírito Santo, Rio de Janeiro e São Paulo, onde é rara. D9, E7: cerrado. Coletada com flores de março a maio; com frutos em agosto.
Árvore frondosa e elegante, conhecida por sua madeira de lei, compacta e dura, acastanhada a quase negra nos indivíduos mais velhos. Sua casca fornece tintura negra, utilizada em curtume.
Fonte: TOZZI, A. M. G. de. A. Subfamília Caesalpinioideae. Parte integrante da Flora Fanerogâmica do Estado de São Paulo, Instituto de Botânica, São Paulo, v. 8, p. 22-83, 2016.