Ervas eretas a subarbustos, perenes, até 1m.
Folhas 1-folioladas; estípulas 12-15mm, adnatas ao pecíolo, porção distal livre 2-3(-5)×1,5-2,5mm, lanceolada acuminada; pecíolos 6-12mm; folíolos 45-72×9-28mm, elíptico-lanceolados a elíptico-ovais, ápice acuminado, base atenuado-cuneada, faces abaxial e adaxial seríceas.
Racemo terminal, laxifloro, 100-150mm; pedúnculo 20-40mm; brácteas decíduas, 5-7×2,5-3(-3,7)mm, lanceolado-acuminadas, dorsalmente seríceas. Flores lilases, 14-16(-17)mm; pedicelos 3,6-4,8(-5)mm; bractéolas 2,5-4×0,4-0,6mm, lanceoladas, seríceas; cálice externamente seríceo a viloso, lábio carenal 8-10×3-5mm, ápice 3-dentado, dente central 0,7-1,5×0,2-0,3mm, dentes laterais 0,6-0,8mm, lábio vexilar bífido, 10-11×3-5,5mm, lacínias 1,4-1,7mm larg., fenda entre as lacínias 2-4,5(-5) mm profundidade; estandarte 14-17×12-18mm, ovalado; asas 10-12×6-7mm, oblongas, ápice obtuso encurvado; unguícula 3-3,5mm; pétalas da quilha 12-14×3,5-4,8mm, falcadas, ápice encurvado, unguícula 3-3,8mm.
Legume 50×8-10mm, densamente seríceo-viloso; sementes 6-7×3,5-4,2mm, reniforme-cilíndricas.
Espécie endêmica do Brasil. Ocorre no Distrito Federal e nos estados da Bahia, Minas Gerais e Goiás (Iganci & Miotto 2014). Os dois espécimes de Lupinus subsessilis examinados foram anteriormente identificados como Lupinus velutinus Benth. e registrados na Lista de Espécies da Flora do Brasil (Miotto com. pess.). Com a identificação correta faz-se o registro de L. subsessilis para o estado de São Paulo. D8: campo. Coletada com flores de
setembro a fevereiro, com frutos de novembro a abril.
Em São Paulo existem poucos indivíduos coletados e faltam coletas recentes desta espécie.
Fonte: TOZZI, A. M. G. de. A. Subfamília Papilionoideae. Parte integrante da Flora Fanerogâmica do Estado de São Paulo, Instituto de Botânica, São Paulo, v. 8, p. 167-397, 2016.