Árvores 10-20m; ramos jovens, raque e pecíolo tomentosos, indumento amarelado, lenticelas arredondadas.
Folhas (5)7-folioladas; estípulas decíduas; pecíolo 2,5-3,2cm; folíolos opostos, 5,5-8×3,5-4cm, elípticos, elípticoobovais a obovais, cartáceos, discolores.
Pseudorracemo axilar, 9-12,5cm, congesto, estriado, lenticelado e flavotomentoso. Flores 3-13mm, pontuações presentes; bractéolas inseridas na base do cálice; cálice campanulado, vináceo, curtamente seríceo-ferrugíneo externamente, truncado; pétalas creme-amareladas, estandarte 7,8-8×7,9-8mm, orbicular, asas 7,4-7,5×2,9-3mm, falcadas, pétalas da quilha 5,9-6×2,9-3mm, oblongo-falcadas; tubo estaminal 5,2-5,3mm, basalmente bicaloso, glabro, anteras 0,3-0,4mm, oblongoides, glabras; ovário 5,9-6×1,7-1,8mm, linear, seríceo, óvulos 3, estilete 2-2,1mm, ligeiramente arqueado, indumentado da base.
Fruto samaroide, 3,5-11×1,2-1,3cm, elíptico a oblongo-elíptico, castanhodourado a ferrugíneo, margem sutural com quilhas conspícuas, 4,5-5mm larg. encurvadas, exibindo a região da sutura carpelar espessada; sementes 1-2, largamente reniformes, castanho-escuras e lisas.
Lonchocarpus pluvialis é endêmica da América do Sul, ocorrendo na Bolívia, Brasil e Paraguai. No Brasil, encontra-se distribuída nos estados de Goiás, Mato Grosso do Sul e São Paulo (Silva & Tozzi 2012, 2014). Habita solos argilosos ou litólicos e ricos em minério de ferro. D1: em bordas ou interior das florestas estacionais sazonalmente
secas ou em ambientes sazonalmente inundados. Floresce em julho, entre novembro e janeiro, com abundância em
dezembro, e frutifica entre fevereiro e julho, novembro e dezembro.
Fonte: TOZZI, A. M. G. de. A. Subfamília Papilionoideae. Parte integrante da Flora Fanerogâmica do Estado de São Paulo, Instituto de Botânica, São Paulo, v. 8, p. 167-397, 2016.