Fabaceae – Hymenaea martiana

Árvores, 8-30m; fuste 4-15m, ereto; ramos jovens pubescentes.

Folhas pecioladas; pecíolo 0,7-1,2cm, lâmina 4-8,7×1,8-4,2cm, oval-elíptica a elíptica, muito assimétrica, ápice obtuso a arredondado, base com lado maior arredondado, atenuado ou obtuso, lado menor atenuado, glabro a pubescente na face adaxial, tomentoso na face abaxial. Flores com pedicelo 4-9mm; botões (incluindo hipanto) 1,8-2cm; sépalas 1-1,4cm; pétalas alvas, 1,3-1,7cm, ovais a elípticas; ovário com tufo de longos tricomas na base, o resto glabro.

Fruto 8-11,5cm, oblongo a ovoide (quando paucisseminado).

Ocorre do Ceará a São Paulo, Paraguai e Argentina. B4, B6, C6: floresta estacional, cerrado e cerradão. Coletado com flores em setembro e outubro, com frutos de abril a novembro e com folhas novas em outubro.

A delimitação entre Hymenaea martiana e H. stigonocarpa Mart. ex Hayne, faz-se por caracteres florais, especialmente nos tamanhos dos botões, sendo menores em H. martiana. Uma característica marcante desta espécie é um tufo de pelos na base do ovário, sendo esta característica raramente observada em outras espécies do gênero. H.
martiana também possui folíolos menores, com indumento mais denso (tricomas maiores na face abaxial dos folíolos) e folíolos com base obtusa a arredondada e geralmente de relação comprimento-largura 3:1. H. stigonocarpa possui folhas maiores, glabras ou pubescentes em ambas as faces e folíolos com base truncada a cordada, geralmente de relação comprimento-largura 2:1.

Fonte: TOZZI, A. M. G. de. A. Subfamília Caesalpinioideae. Parte integrante da Flora Fanerogâmica do Estado de São Paulo, Instituto de Botânica, São Paulo, v. 8, p. 22-83, 2016.

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