Fabaceae – Guilandina bonduc

Arbustos escandentes ou árvores de pequeno porte, 2,5-5m, armadas; caule densamente revestido por tricomas eretos geralmente misturados com acúleos presentes nos ramos mais jovens, glabro ou com pubescência ferrugínea.

Folhas paribipinadas, 3-9(-10) pares de pinas, opostas; estípulas conspícuas, foliáceas, 2-3-lobadas; pecíolo e raque 4-6(-10)cm, acúleos recurvados; estípula conspícua e foliácea, 2-3 lóbulos desiguais; foliólulos 6-9(-10) pares por pina, opostos, oval-oblongos a elíptico-oblongos, ápice obtuso a subagudo, base arredondada; nervura principal
cêntrica a excêntrica.

Inflorescência racemo simples, pedunculado, terminal e supra-axilar, raro com racemos secundários, 50-75(-100) flores por racemo; pedúnculo e raque da inflorescência 20-30(-60)cm; brácteas linearlanceoladas, recurvadas, persistentes, 7-16mm, mais longas que os botões. Flores diclinas, pelo menos funcionalmente, 8-15mm; pedicelo 4-6mm, articulado a 1-2mm abaixo do cálice; sépalas oblongas, inferior cuculada; pétalas amarelas ou amarelo-esverdeadas, 10-13×3-4mm, pétala adaxial diferenciada com manchas alaranjadas na base; estames 5-10mm; ovário séssil.

Fruto 4,5-8,5×3-4,5cm, deiscente, aculeado; sementes 2-3, globosas a subglobosas, 15-20mm diâm., cinza, levemente fissuradas transversalmente.

Distribuição pantropical, ampla no litoral do Brasil. E8: restinga. Coletada com flores de janeiro a abril, com frutos de fevereiro a outubro.

Devido à sua distribuição e ocorrência em todo litoral tropical, não se sabe ao certo a origem ou procedência da espécie. Em São Paulo, é nativa apenas na área E8, na qual tem sido pouco coletada, e apresenta espécimes cultivados na região D6. Facilmente distinguível das demais espécies afins por apresentar estípulas foliáceas e persistentes.

Fonte: TOZZI, A. M. G. de. A. Subfamília Caesalpinioideae. Parte integrante da Flora Fanerogâmica do Estado de São Paulo, Instituto de Botânica, São Paulo, v. 8, p. 22-83, 2016.

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