Árvores 6-30m, ramos glabrescentes, esbranquiçados; estípulas não observadas, caducas; pecíolo 2,8-7,3cm, canaliculado, glabrescente; raque foliar canaliculada, 5,3-9,1cm, glabrescente.
Folhas IV-VII/9-17; foliólulos terminais 9-12×3-5mm, assimétricos, oblongolanceolados, ápice agudo, cuspidado, margem inteira, base inequilátera, glabrescentes, nervura principal excêntrica; apêndice terminal ausente; nectários pateliformes no pecíolo e entre a pina distal.
Inflorescência espiga globosa, umbelada a racemosa, axilar ou terminal, 1-3 por axila; pedúnculo 1,5-3,9cm; raque floral 2,4-3,1cm; brácteas ca. 1mm, lanceoladas, indumentadas, caducas. Flores sésseis a subsésseis; cálice tubuloso, 2-3mm, indumentado externamente, lacínias agudas; corola tubulosa, 5-7mm, branca, indumentada externamente; estames ca. 60, 0,8-1,4cm, brancos; tubo estaminal incluso, glabro; ovário séssil, 15-20 óvulos, glabro, estilete maior que os estames, glabro, estigma funiliforme.
Legume 6,9-14×2,7-3,9cm, auriculiformes, valvas reticuladas, glabras; sementes não planas, elípticas, castanho-claras.
Espécie presente da Bolívia até Argentina e Uruguai, com ampla distribuição geográfica no Brasil, onde ocorre ao longo dos domínios fitogeográficos da caatinga, cerrado e mata atlântica, geralmente associada a formações
florestais (Mesquita inéd., Morim 2014a). B4, B6, C6, D1, D4, D5, D6, D7, E4, E7, E8. Floresce de setembro a novembro e frutifica de abril a dezembro.
A espécie mais relacionada a Enterolobium contortisiliquum é E. timbouva, que se diferencia por apresentar o ápice dos foliólulos apiculado, cálice e corola glabros e, principalmente, pelo fruto com lojas seminais externamente conspícuas (Mesquita inéd.).
Fonte: TAMASHIRO, J. Y. & ESCOBAR, N. A. G. Subfamília Mimosoideae. Parte integrante da Flora Fanerogâmica do Estado de São Paulo, Instituto de Botânica, São Paulo, v. 8, p. 84-166, 2016.