Fabaceae – Dioclea grandistipula

Lianas; ramos glabrescentes; estípulas persistentes, peltadas, lanceoladas, 21-32×11-17mm glabras.

Folhas glabras a glabrescentes; pecíolo 6,8-9,4cm e raque 1,4-2,5cm; estipelas mais longas que os peciólulos; folíolos
papiráceos, folíolo terminal 9,5-12,5×4,5-5,3cm, elípticoobovado, caudado; folíolos laterais 9,6-12,5×4,5-5,3cm.

Inflorescência cauliflora, isolada ou 2-3-fasciculada, 15-36cm, delgada, pêndula; nodosidades capitadas. Flores com cálice esparsamente fusco-seríceo; dente vexilar profundamente emarginado; pétalas brancas, glabras; estandarte flabelado a suborbicular, 13-15×12-14mm, 2-caloso, 2 aurículas infletidas basais; asas obovais, 13-15×7-10mm; pétalas da quilha 7-9×9-10mm, triangulares, muito encurvadas, rostro arredondado a truncado; anteras dimórficas; disco intraestaminal inteiro, com margem lobada; ovário lanoso, canescente, 4-ovulado; estilete, infletido, bulboso.

Fruto 8,9-9,5×3,7-3,9×1,6-2cm, indeiscente, oblongo, túrgido, margem superior 2-alada, valvas lenhosas, glabrescentes na maturidade; sementes 2, suborbiculares a cuboidais; ca. 2,7×2,4×1,4cm, hilo linear, circundando ca. 1/3 da circunferência; testa com envoltório fêltreo aderido.

Endêmica do litoral do estado de São Paulo. É facilmente distinguida das demais espécies do estado pelas inflorescências pêndulas e caulifloras, estípulas significativamente maiores (pelo menos 2,1cm) e pétalas brancas. E8, F6: Mata Atlântica. Floresce nos meses de abril e maio e encontra-se frutificada em dezembro.

Fonte: TOZZI, A. M. G. de. A. Subfamília Papilionoideae. Parte integrante da Flora Fanerogâmica do Estado de São Paulo, Instituto de Botânica, São Paulo, v. 8, p. 167-397, 2016.

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