Fabaceae – Dioclea glabra

Lianas, ramos estriados, glabros a glabrescentes; estípulas ca. 2×1,8mm, decíduas, não prolongadas abaixo do ponto de inserção.

Folhas pecioladas; pecíolo 6,5-7,4cm; raque 9-15mm; estipelas setiformes, 1-2mm, rígidas; folíolo terminal 5,7-7,2×4-4,8cm, largamente elíptico a suborbicular, abruptamente acuminado, folíolos laterais 5,5-6,7×3,2-4,1cm, papiráceos, glabros a glabrescentes.

Inflorescência axilar, ca. 17cm, ereta, florida ca. 2/3 do comprimento; nodosidades capitadas. Flores com cálice esparsamente seríceo, ferrugíneo, dente vexilar profundamente emarginado; pétalas violáceas, glabras; estandarte ca. 19×20mm, largamente obovado, emarginado, 2-caloso, 2 aurículas infletidas basais; asas 14×14mm, obtriangulares; pétalas da quilha ca. 8×11mm, triangulares, muito encurvadas, ápice prolongado em rostro arredondado; anteras dimórficas; disco intraestaminal 10-lobado; ovário lanoso, canescente, 9-10-ovulado; estilete glabro, infletido, bulboso.

Fruto 27×5,2cm, oblongo, túrgido passivamente deiscente, margem superior ligeiramente espessada; valvas lenhosas, glabrescentes; sementes 8, 3,5-4×2,8-3×2,5mm, elíptico-cuboidais, hilo linear circundando ca. 1/2 da
circunferência; testa com envoltório fêltreo aderido.

Amazônia e Planalto Central Brasileiro. B2, C1, C2: mata ciliar em área de cerrado. Floresce em abril e maio e frutifica de setembro a novembro.

Na Flora Brasiliensis a descrição e o material examinado incluem também Dioclea scabra (Rich.) Maxwell. Distingue-se das demais espécies do estado de São Paulo pelas estípulas reduzidas, não peltadas e frutos grandes, passivamente deiscentes, com 8 ou mais sementes. Rara no estado.

Fonte: TOZZI, A. M. G. de. A. Subfamília Papilionoideae. Parte integrante da Flora Fanerogâmica do Estado de São Paulo, Instituto de Botânica, São Paulo, v. 8, p. 167-397, 2016.

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