Arbustos escandentes ou lianas sarmentosas; ramos esfoliativos, geralmente não lenticelados, glabrescentes.
Folhas 7 ou 5(9)-folioladas, sem estipelas; pecíolo 6-10cm; folíolos 5,5-15×2,5-7,5cm, elípticos, subopostos, os basais 5,5-11,5×3-7cm, oval-elípticos a suborbiculares, face adaxial glabrescente, venação pouco conspícua, face abaxial serícea, venação proeminente.
Pseudorracemo terminal ou axilar, ca. 30cm, multifloro, ereto; braquiblastos nodosos a oblongos, alterno-espiralados, distantes entre si ca. 1cm, ferrugíneo-tomentosos, até 1cm. Flores com cálice avermelhado a marrom-violáceo, denso-seríceo na face externa, glabro na interna, lacínias 4, ciliadas, a vexilar mais larga, retusa, as carenais deltoides, agudas, hipanto pouco desenvolvido; corola lilás-esbranquiçada, estandarte seríceo, tricomas brilhantes, sedosos, dourados, asas oblongas, levemente falcadas, levemente plicadas, glabras; pétalas da quilha esparso-seríceas no ápice e margem carenal; disco nectarífero ausente; ovário densamente criso-seríceo, 2-3-ovulado.
Fruto samaroide, ca. 7×2cm; curto-estipitado, oblongo a subelíptico, margem superior levemente constrita na inserção da semente, glabro; sementes 1-2, reniformes, largas e planas.
Deguelia nitidula encontra-se distribuída nos estados do Amapá, Amazonas, Goiás, Maranhão, Mato Grosso, Minas Gerais, Pará, Piauí, Roraima (Camargo & Tozzi 2013, Tozzi 1989). C6: cerrado, em local aberto, arenoso. A espécie é a única do gênero encontrada em cerrados e savanas. Coletada com flores em maio e junho; frutificação não observada.
Fonte: TOZZI, A. M. G. de. A. Subfamília Papilionoideae. Parte integrante da Flora Fanerogâmica do Estado de São Paulo, Instituto de Botânica, São Paulo, v. 8, p. 167-397, 2016.