Subarbustos ou arbustos, 1,5-2,5m, eretos, ramos glabérrimos; ala internodal 2,1-7,5(-8,9)×(0,6-)1,3-2,7(-3,5)cm, auriculada a largo-decorrente, por todo o ramo, margem ciliada.
Folhas simples, subsésseis; estípulas ausentes; pecíolo 5-6mm; lâmina foliar 7,1-13×1,9-4cm, lanceolada, ápice agudo, longo-mucronado, base cuneada, face adaxial glabra, abaxial amarelo-pubescente ou serícea.
Inflorescência (16-)25-55cm, multiflora, acropetalmente um pseudorracemo com nós e entrenós, laxa; bráctea 5-7×1-2mm, persistente, lanceolada; bractéolas 4-6(-11) mm, no ápice do pedicelo, semelhante à bráctea. Flores com pedicelo 12-13(-15)mm; cálice bilabiado, 14-16(-20) mm, base cuneada, lacínias carenais fundidas no ápice; estandarte 16×13mm, largo-oval a orbicular, 2 dobras na base; asas 17-18×6-7mm, oblongas; pétalas da quilha 14-
18×8-16mm, falcadas, bico tênue-torcido, agudo, curvado, margem pilosa.
Fruto 3,8-5,2×0,9-1,5cm, clavado, ápice oblíquo-truncado, glabro, base atenuada, estipitado; sementes 3-4mm, castanhas escuras ou negras.
Espécie nativa. B6: ambiente de campo úmido.
A única coleta data do século retrasado. Não há coletas recentes desta espécie em São Paulo, onde deve estar provavelmente extinta. Crotalaria vespertilio pode ser confundida com C. paulina, porém possui brácteas reflexas, menores e não semelhantes às lacínias do cálice.
Fonte: TOZZI, A. M. G. de. A. Subfamília Papilionoideae. Parte integrante da Flora Fanerogâmica do Estado de São Paulo, Instituto de Botânica, São Paulo, v. 8, p. 167-397, 2016.