Arbustos a subarbustos, 1,5m, glabros; ala internodal (0,7-)1,5-10,5×1-3,3cm, auriculada, estreito ou largodecorrente, ápice acuminado, margem ciliada.
Folhas simples; estípulas ausentes; pecíolo 3mm, pubescente; lâmina foliar 5,3-12,3×1,7-5,6cm, elíptica ou oblanceolada, ápice agudo, longo-mucronado, base estreito-cuneada, face adaxial glabra, nervura principal pubescente, abaxial pubescente a serícea.
Racemo internodal, (5-)12-41cm, multifloro, laxos; bráctea 10-15×2-8mm, persistente, foliácea; bractéolas 6-15×5-8mm, na base do cálice, foliáceas. Flores com pedicelo 8-9mm; cálice bilabiado, 12-13mm, lacínias carenais adnatas à quilha, base cuneada; estandarte 19-28×13-23mm, oboval a orbicular, 2 dobras na base; asas 13-19×5-10mm, oblongas a obovais; pétalas da quilha 15-21×9-17mm, falcadas, bico tênue-torcido, margem lanosa.
Fruto 4-6,3×1,2-1,5cm, subclavado, base atenuada, glabro; sementes 4-5mm, castanhas.
Ocorre na Colômbia, Venezuela e Brasil (CentroOeste e Sudeste). Distribuição restrita ao leste do estado. D5, D6, D7, D8, E6, E7: mata e em locais perturbados. Coletada com flores de agosto a junho e com frutos imaturos em junho e agosto.
Assemelha-se a Crotalaria vespertilio, mas possui brácteas e bractéolas semelhantes às lacínias do cálice. As lacínias do cálice secam durante a frutificação evidenciando as bractéolas. Alguns materiais, como Custodio 898, Godoy 297 e 572 e Sendulsky 584, possuem bractéolas até duas vezes menores que o cálice, como é mencionado na forma de C. paulina na Flora brasiliensis. Entretanto, essa proporção nunca é três ou mais vezes menor que o cálice como ocorre em C. vespertilio.
Fonte: TOZZI, A. M. G. de. A. Subfamília Papilionoideae. Parte integrante da Flora Fanerogâmica do Estado de São Paulo, Instituto de Botânica, São Paulo, v. 8, p. 167-397, 2016.