Fabaceae – Chamaecrista nictitans

Subarbustos a arbustos, 0,3-1m; ramos eretos, retos, pubescentes a tomentosos.

Pecíolo 3-5mm, pubescente; estípulas assimétricas, estreitamente lanceoladas, subfalcadas, 7-10×1,5-2mm; folíolos (11-)14-36 pares, oblongos, 9-16,5(23,5)×2-4,5mm, ápice mucronado, arredondado, menos frequentemente agudo a obtuso, base assimétrica, glabros a pubescentes, cartáceos, concolores, persistentes; nervura principal 1; nectário extrafloral 1, séssil ou estipitado, próximo à inserção do primeiro par de folíolos.

Flores solitárias ou em fascículos de 2-3, axilares ou supra-axilares; bractéolas lineares a linear-lanceoladas, 2,5-4mm; pedicelo 4-8,5(-14)mm, pubescente; sépalas lanceoladas a elípticas, 7-9×1,5-3,5mm, sem nervuras aparentes; pétalas obovais, 7-10×4-6mm, pétala abaxial oboval a orbicular; estames 10, desiguais, 3-7mm.

Fruto 3,3-5,4×0,35-0,4cm; sementes 7-10.

Ocorre desde a América Central até a Argentina, com distribuição ampla por todo o Brasil. B4, C3, C6, C7, D3, D5, D6, D7, E5, E7, E8, F4, F6: cerrado, campo cerrado, cerradão e frequentemente comportando-se como daninha.
Coletada com flores e frutos praticamente ao longo de todo o ano.

Chamaecrista nictitans é uma espécie extremamente variável com quatro subespécies e 11 variedades reconhecidas por Irwin & Barneby (1982), das quais C. nictitans subsp. brachypoda (Benth.) H.S. Irwin & Barneby, C. nictitans subsp. patellaria (Collad.) H.S. Irwin & Barneby, incluindo suas variedades C. nictitans var. paraguariensis (Chodat & Hassl.) H.S. Irwin & Barneby e C. nictitans var. ramosa (Vogel) H.S. Irwin & Barneby, ocorrem no estado de São Paulo. Entretanto, elas não foram reconhecidas no presente tratamento por apresentarem problemas quanto à sua delimitação morfológica. Verificou se inclusive a existência de sobreposições nas características utilizadas por Irwin & Barneby (1982) para distinguir C. nictitans de C. trichopoda (Benth.) Britton & Rose ex Britton & Killip, principalmente no que diz respeito ao comprimento do pedicelo floral, porém neste caso outras características florais podem ser usadas na distinção.

Fonte: TOZZI, A. M. G. de. A. Subfamília Caesalpinioideae. Parte integrante da Flora Fanerogâmica do Estado de São Paulo, Instituto de Botânica, São Paulo, v. 8, p. 22-83, 2016.

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