Fabaceae – Chaetocalyx brasiliensis

Subarbustos escandentes; ramos glabros, 1-4mm
diâmetro.

Folhas (5)7-11-folioladas; estípulas 5-10×1-2mm, base larga, deltoide-lanceolada, atenuada, inteiras ou setosa-ciliadas, pubescentes a glabrescentes; raque 3-11cm, pubescente a setosa; folíolos 10-40×6-30mm, largo-elípticos ou suborbiculares a obovais, ápice obtuso a truncado-emarginado, mucronulado, base arredondada, esparso-pubescentes a glabros.

Flores 15-30mm, solitárias ou em fascículos paucifloros ou racemos curtos; brácteas oval-deltoides, acuminadas, lacinadas, usualmente setosas, moderadamente pubescentes a glabrescentes, 1-2mm largas na base; pedicelo 10mm; cálice campanulado, giboso, 8-10mm, ciliado, setoso a glabrescente, tubo truncado, 5-8×4-4,5mm, lacínias deltoides a subulados, 1-3mm; estandarte glabro, raro pubescente; filetes glabros.

Lomento 12-18×0,25-0,3cm, subcilíndrico, articulado, 12-16 artículos, 8-15mm, longitudinalmente estriado, 5-10 estrias por lado, glabro ou piloso, costado, setoso-glandular, estipe 5-8mm; sementes 5-6×1,5-2mm, vermelho-amarronzadas, escuras.

Ocorre do México até a Bolívia, Brasil e Paraguai, nas florestas que margeiam o rio Paraguai, através das quais a espécie chega ao nordeste da Argentina (Vanni 2012). Os registros no Brasil são para os estados do Acre, Amazonas, Bahia, Ceará, Goiás, Mato Grosso, Maranhão, Minas Gerais, Pará, Paraná, Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte, Santa Catarina, São Paulo e Tocantins (Lima 2014). No estado de São Paulo, a espécie provavelmente está extinta. E7: cerrado. Coletada com flores em novembro.

A forma cilíndrica do lomento e, consequentemente, dos artículos indica a adaptação para serem disseminados pela água (Vanni 2012).

Fonte: TOZZI, A. M. G. de. A. Subfamília Papilionoideae. Parte integrante da Flora Fanerogâmica do Estado de São Paulo, Instituto de Botânica, São Paulo, v. 8, p. 167-397, 2016.

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