Trepadeiras semilenhosas, volúveis, ramos jovens pubérulos a glabrescentes, raramente hirsutos.
Folhas pinadas, 3-folioladas; pecíolo 3,5-6cm, cilíndrico, raque 1-1,6cm; folíolo terminal oval, 5,5-9,5×4,5-6,1cm,
acuminado, base arredondada a truncada, folíolos laterais 6,2-8,5×4-5,5cm, papiráceos, face adaxial glabrescente,
abaxial pubérula a velutina, reticulada.
Inflorescência axilar, pluriflora, pedúnculo 3-14,5cm; bractéolas ca. 9×6mm, oblongas, coriáceas, rígidas. Flores com
cálice bilabiado, tubo ca. 5mm, lacínia vexilar ca. 3mm, lanceolada, com dentes unidos até quase o ápice, laterais ca.
3mm, retas, lanceoladas, carenal ca. 7mm, linear; pétalas roxas, estandarte ca. 3,5×3,5cm.
Fruto linear, 11-13×0,5-0,6cm, valvas cartáceas, glabras, ocráceas; sementes 8-12, ca. 7×4×2mm, oblongas, hilo oblongo, lateral.
Centrosema grandiflorum ocorre em Goiás, Minas Gerais, Rio de Janeiro e São Paulo, principalmente em matas ciliares e matas semidecíduas. C3, D6, D7, D9, E4, E7: floresta estacional. Floração de abril a junho e frutificação em setembro.
Centrosema grandiflorum pode ser confundida, pelos seus folíolos com indumento denso e macio, com C. jaraguaense Hoehne e C. molle Mart. ex. Benth. A primeira espécie é facilmente reconhecida pelos dentes do cálice deltoides a arredondados. No entanto a distinção de C. molle é mais complicada pois ambas as espécies apresentam grande variação em caracteres vegetativos e florais. Estudos mais aprofundados podem mostrar que estes táxons são co-específicos.
Fonte: TOZZI, A. M. G. de. A. Subfamília Papilionoideae. Parte integrante da Flora Fanerogâmica do Estado de São Paulo, Instituto de Botânica, São Paulo, v. 8, p. 167-397, 2016.