Árvores, 3-15m; ramos pubescentes.
Folhas espiraladas; pecíolo 1,2-2,8cm, raque 3,4-29,5cm; folíolos (9-)14-19(-25) pares, oblongos a elípticos, raramente obovais, (0,9-)1,5-4,8×0,3-1,4cm, ápice arredondado, mucronulado, raramente agudo, base arredondada ou aguda, subtruncada, face adaxial pubérula a pubescente, abaxial pubescente a tomentosa.
Inflorescência axilar, raque 13-28cm; bráctea persistente, linear-lanceolada, ápice acuminado a apiculado. Flores com pedicelo 1,5-4,6cm; bractéolas persistentes, oval-lanceoladas, ápice acuminado; sépalas ovaladas a obovais, 4-9×2-5mm; pétalas amarelas, obovais, 11-15(-35)×4-16mm; estames maiores 3, 17-26mm, desprovidos de nódulos elipsoides, estames medianos 4, retos, 6-13mm, estames menores 3, retos, 3-9mm.
Legume 27-59cm, linear, reto ou encurvado, cilíndrico a lateralmente achatado, negro; sementes 6-8×3-6mm, elipsoides, castanhas.
Distribui-se do Ceará até a Bahia e estende-se até o Paraná, adentrando em Goiás. C6, C7, D1, D3, D4, D5, D6, D7, E5, E6, E7, E8, F4: cerrados e florestas tropicais e subtropicais. Coletado com flores de outubro a fevereiro; com frutos de junho até novembro, esporadicamente em março.
Cassia ferruginea é bastante semelhante a C. moschata Kunth, quanto ao aspecto geral das flores e principalmente quanto ao formato dos folíolos, diferindo quanto à persistência das brácteas e bractéolas, visto que em C. ferruginea são persistentes e em C. moschata são precocemente decíduas.
Irwin & Barneby (1982) reconheceram duas variedades para esta espécie, baseados exclusivamente em características florais e distribuição geográfica. No estado de São Paulo são encontradas C. ferruginea var. ferruginea com pétalas obovais a oblongas, 15-35×9-16mm e estames maiores com 24-26mm de comprimento, e C. ferruginea var. velloziana H.S. Irwin & Barneby com pétalas elípticas a oblongas, 11-20×4-8mm e estames maiores com 17-22mm de comprimento. No presente trabalho, as variedades não são reconhecidas pelo fato de que muitos dos espécimes analisados apresentam apenas frutos, os quais são insuficientes para a determinação precisa das variedades.
Fonte: TOZZI, A. M. G. de. A. Subfamília Caesalpinioideae. Parte integrante da Flora Fanerogâmica do Estado de São Paulo, Instituto de Botânica, São Paulo, v. 8, p. 22-83, 2016.