Lianas, glabras, ramos estriados.
Folhas com pecíolo 2,7-4cm e raque 7-12mm; folíolos cartáceos, nervação reticulada em ambas as faces, folíolo terminal 6,3-7,2×3,4-4cm, oval, obtuso, folíolos laterais 5,5-6×3,2-3,7cm.
Inflorescência ca. 21cm, axilar, nodosidades 3-floras. Flores de pelo menos 27mm compr., com cálice 1,5-1,8cm, glabrescente, tubo campanulado, lábio vexilar ca. 2× maior que o tubo, profundamente emarginado, bilobado, dentes amplos, foliáceos, dentes carenais ca. 1mm, nascendo em estrutura liguliforme; pétalas vináceas; estandarte ca. 27×15mm, não caloso, 2 aurículas infletidas basais, asas ca. 20×4mm, oblanceoladas, pétalas da quilha ca. 20×4mm, geniculadas no ápice; ovário ca. 7-ovulado, esparsamente seríceo; estilete geniculado.
Fruto não visto.
Canavalia bonariensis é uma espécie sul-americana subtropical, ocorrendo no Uruguai, Argentina e sul do Brasil, alcançando o estado de São Paulo. Também é encontrada na costa leste da África do Sul onde foi provavelmente introduzida. E8, F6, F7, G6: restinga e mata de restinga. Floração de novembro a fevereiro.
Próxima de Canavalia parviflora da qual se distingue pelas flores significativamente maiores e lábio vexilar do cálice pelo menos 2× maior que o tubo, com dentes amplos e foliáceos.
Fonte: TOZZI, A. M. G. de. A. Subfamília Papilionoideae. Parte integrante da Flora Fanerogâmica do Estado de São Paulo, Instituto de Botânica, São Paulo, v. 8, p. 167-397, 2016.