Fabaceae – Camptosema scarlatinum

Trepadeiras volúveis, ramos jovens, eixos foliares e da inflorescência velutinos.

Folhas 3-folioladas, pecíolo 1,8-2,2(-3,5)cm, raque 2-3(-7)mm; folíolos estreitamente elípticos, raramente elípticos, face adaxial glabra, reticulada, abaxial velutina, folíolo terminal 4,2-5,7(-8)×1-1,4(-3,4)cm, laterais 3,4-4(6,6)×0,8-1(-3) cm.

Inflorescência em pseudorracemos axilares, mais curta a ligeiramente mais longa que as folhas, 4,7-5(-17) cm, nodosidades e flores congestas, subfasciculadas, no ápice, umbeliformes; nodosidades sésseis, reduzidas, ca. 1mm diâm. Flores com cálice 1,5cm, subvelutino, tubo infundibuliforme, mais curto que as lacínias acuminadas; pétalas glabras, unguículo 5,5-7mm, estandarte 18×9mm, oboval, asas 16×4mm, estreitamente elípticas, pétalas da quilha 15×4mm, oblanceoladas; gineceu subséssil, estipe ca. 2mm, ovário ca. 9mm, 13-15-ovulado, seríceo.

Fruto 4,7-6,8×1-1,2cm, oblongo, valvas coriáceas, vilosas; sementes 4-5×3×2,5-3,5mm, subglobosas, testa atropurpúrea, hilo elíptico, ca. 1,5mm.

Espécie distribuída de Goiás e Bahia ao Rio Grande do Sul, no Brasil, além da Argentina (Missiones) e Paraguai
(Amambay e Alto Paraná). Burkart (1970) aceitou quatro variedades, das quais apenas Camptosema scarlatinum var. pohlianum (Benth.) Burkart ocorre no estado de São Paulo. Burkart (1970) citou que o tipo da variedade procede do estado de São Paulo. No entanto a análise deste material (Pohl 3322, W, NY) demonstra que o mesmo foi coletado nas cercanias de Barbacena, Minas Gerais. C3, C5, D3, D6, D7, D8, E5, E7, E8, F4: matas estacionais e áreas degradadas. Coletada com flores de março a janeiro.

Fonte: TOZZI, A. M. G. de. A. Subfamília Papilionoideae. Parte integrante da Flora Fanerogâmica do Estado de São Paulo, Instituto de Botânica, São Paulo, v. 8, p. 167-397, 2016.

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