Fabaceae – Camptosema ellipticum

Arbustos eretos a trepadeiras volúveis; ramos jovens glabrescentes a pubérulos.

Folhas 3-folioladas, pecíolo 3-4,5cm; raque 9-15mm; folíolos cartáceos a coriáceos, face adaxial glabra a pubescente, face abaxial pubescente com nervuras salientes, reticuladas, folíolo terminal (5,4-)6,5-10×(2,2-)3,4-4,5cm, elíptico a obovado, ápice arredondado a emarginado; folíolos laterais (4,6-)6,5-8,4×(2-)3,5-4cm.

Inflorescência axilar a terminal 18,5-36cm, florido 1/2-3/4, nodosidades capitadas, sésseis. Flores com cálice 1,5-1,6cm, cartáceo, esparsamente seríceo, lacínias e tubo de comprimento semelhante; pétalas unguiculadas, unguículo 10-11mm; estandarte reflexo na antese, 17-25×9-16mm, oval, externamente pubescente, asas 18-24×4-6mm, oblongas, pétalas da quilha 14-15×4-5mm, oblongas; ovário séssil, ca. 15mm, 17-ovulado, seríceo; estigma truncado.

Legume 5-8,6×1cm, oblongo-linear, muito compresso, valvas coriáceas, pubérulas; sementes 11-13, ca. 4×2,5×1,2mm, oblongas, muito compressas, testa coriácea, lisa, nigrescente.

Espécie de ampla distribuição, ocorrendo no Brasil, de Rondônia e Pará até o Mato Grosso do Sul e Paraná. Além disso, ocorre na Bolívia e no Paraguai (Amambay e Cordillera). É uma planta característica de cerrado. Camptosema ellipticum forma com C. paraguariense (Chod.& Hassl.) Hassl. e C. praeandinum Burkart um complexo de difícil distinção. B4, B6, C6, D1, D4, D5, D6, D7, E6: cerrado, mata de planalto. Coletada com flores de março a dezembro e com fruto em setembro.

Fonte: TOZZI, A. M. G. de. A. Subfamília Papilionoideae. Parte integrante da Flora Fanerogâmica do Estado de São Paulo, Instituto de Botânica, São Paulo, v. 8, p. 167-397, 2016.

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