Fabaceae – Caesalpinia echinata

Árvores 5-15m, perenifólias, armadas, acúleos levemente recurvados; caule curto, cilíndrico, tortuoso.

Folhas imparibipinadas, (4-)6-10 pares de pinas, alternas, o par terminal geralmente oposto; estípulas pouco vistosas, frequentemente caducas; pecíolo 8-25mm; raque (3-)8-11(-15)mm; foliólulos 9-19 por pina, sésseis, alternos
ou opostos, oblongos a sub-rômbicos, ápice obtuso ou emarginado, margem plana, glabra ou ciliada, base obliquamente truncada, cartáceos a subcoriáceos, faces adaxial e abaxial glabras; nervura principal excêntrica.

Inflorescência racemo ou panícula terminal, raro axilar, 15-37 flores por racemo; pedúnculo e raque da inflorescência
7,5-13cm; brácteas ovais, triangulares, ca. 1mm, caducas. Flores 1,4-2cm, perfumadas; pedicelo 8-19mm, articulado
a 1,5-4mm abaixo do cálice; sépalas oblongas, obovais a cimbiformes, a maior cuculada, reflexas após antese; pétalas amarelo-douradas, pilosas na base, 11-15(-16)×7-10mm, pétala adaxial diferenciada, vermelha internamente; estames 7-9mm; ovário pubescente, séssil, estigma subterminal crateriforme, com cílios ao redor da abertura.

Fruto 5-8×1,7-2,5cm, deiscência elástica, reto, valvas aculeadas; sementes 1-2, 17×12mm, elípticas, lisas, compressas, testa castanho-escura, hilo apical.

Nativa da costa leste do Brasil (Pernambuco até o litoral norte de São Paulo). C5, D6, D7, D8, E5, E7. Sua ocorrência é esperada (não confirmada) em D9, E8, E9: mata atlântica. O material presente nos herbários proveniente de São Paulo é principalmente de espécimes cultivados. Coletada com flores de setembro a dezembro, com frutos de outubro a janeiro. Considerada como a árvore nacional do Brasil; ameaçada de extinção na região Sudeste. Espécie utilizada para fabricação de arcos de violinos.

O legume aculeado é a única característica semelhante entre Caesalpinia echinata e Guilandina bonduc L.

Fonte: TOZZI, A. M. G. de. A. Subfamília Caesalpinioideae. Parte integrante da Flora Fanerogâmica do Estado de São Paulo, Instituto de Botânica, São Paulo, v. 8, p. 22-83, 2016. 1.2.1

Deixe um comentário