Árvores, 6-10m, com menor porte (2,5-5m) quando na margem de matas, ou arbustos; ramos tomentelos a glabrescentes, inermes; nectários intraestipulares presentes.
Folhas 2-lobadas; estípulas 1-2(-3-4)mm, ovais a oval-lanceoladas, decíduas; pecíolo 10-20mm; lâmina (4-)5,5-10,5×(2,7-)4,4-10,5cm, 2-lobada em quase a metade, lobos paralelos a convergentes, ápice mais ou menos agudo, raramente obtuso, base cordada a subtruncada ou obtusa, cartácea; face adaxial glabra, face abaxial esparsovilosa.
Inflorescência pseudorracemosa, terminal, afila; brácteas foliáceas (raramente folhas atrofiadas) presentes, racemos parciais adnatos, 2-floros; bráctea subtendente e bractéolas 1-3mm, ovais a ovado-lanceoladas, decíduas; botão floral tubuloso, costado-estriado a 5-subcostado. Flores pediceladas, pedicelo 12-20mm; hipanto tubuloso, 17-33mm; cálice 40-60mm, não espatáceo, porém com lobos parcialmente concrescidos; pétalas 35-40×0,5-1mm, lineares, externamente esparso-vilosa a glabra; anteras férteis 10, estaminódios ausentes; filetes conatos na base, coluna até 2mm, apêndice ligular obsoleto, internamente glabro; ovário estipitado, tomentoso, estipe tomentoso, ca. 18 óvulos, estigma oblíquo-subpeltado.
Legume 17-24,5×1,6-1,9cm, estipitado, lenhoso.
Ocorre da Bahia ao Paraná, e para o interior até Pará, Rondônia, Mato Grosso do Sul, Goiás e Minas Gerais (Vaz 2014). B3, B4, C5, C6, C7, D4, D5, D6, D7, D8, E5, E7, E8: floresta atlântica e floresta ciliar em domínio de cerrado (Vaz & Tozzi 2003). Coletada com flores de novembro a maio, com frutos de abril a agosto.
Fonte: TOZZI, A. M. G. de. A. Subfamília Caesalpinioideae. Parte integrante da Flora Fanerogâmica do Estado de São Paulo, Instituto de Botânica, São Paulo, v. 8, p. 22-83, 2016.