Arvoreta ou arbusto. Entrenó distal do ramo 2 cm comprimento.
Folhas inteiras, lâmina 7,5-20×4-7 cm, coriácea, elítica, base obtusa, ápice acuminado, 5-7- nérvea, nervura marginal
infranerviforme; face superior glabra, nervuras secundárias não impressas, face inferior pubérula, tricomas glandulares esparsos, nervuras primárias pouco proeminentes, secundárias e terciárias imersas; pecíolo 0,8-1,5 cm compr., delgado, pubescente a quase glabro. Estípulas não vistas; nectários extraflorais cônico-ovóides, 1-2 mm compr., exsertos.
Inflorescência até 35 cm compr., curto-pedunculada; pedúnculo 1,5 cm compr.; eixo racemiforme, delgado, tenuemente tomentelo; inflorescências parciais 2-floras. Botões jovens clavado-acuminados, ápice acuminado e não apendiculado, lisos, enérveos, tenuemente tomentelos, sem tricomas glandulares. Flores não vistas.
Legume deiscente, valvas 14-25×1,5-2,2 cm, apressopubescentes, estipe 2,5-4 cm cmpr.; lobos funiculares filiformes. Sementes 11-15×8-9 mm.
Ocorre no Suriname, Guiana Francesa, Guiana, Peru e Brasil; nos estados do Amapá (Folhas IBGE: NA-22,53-2d) e Amazonas (Folhas IBGE: SA-19, SA-20, SA-21, SB-19, SB-20: 60º-70ºW x 1-3º e 7ºS). Em floresta de terra firme, de várzea ou ao longo dos rios. B. cinnamomea é aqui citada pela primeira vez para o Brasil, na área dos rios Solimões, Purus e Madeira e, também, no Amapá (Fig. 22). Possui ramos descamantes (Huber 4661). Frutifica de agosto a novembro. Botões em dezembro (col. Vásquez et Jaramillo 8536).
Fonte: VAZ, A. M. S. da. F. & TOZZI, A. M. G. A. Bauhinia ser. Cansenia (Leguminosae: Caesalpinioideae) no Brasil. Rev. Rodriguésia, v. 54, n. 83, p. 55-143, 2003.