Fabaceae – Andira ormosioides

Árvores grandes ou pequenas, até 30m, fuste longo com copa pequena, mesmo em situações abertas.

Folhas (7)9-11-folioladas; raque 9-30(-35)cm; peciólulos 2-5mm, estipelas 2-3(-6)mm, folíolos 4,7-15,5(-19 em rebrotos estéreis)×1,8-7cm, elípticos a estreito-obovais, ápice obtuso a arredondado, ocasionalmente com acume curto de até 7mm, base obtusa, arredondada, muitas vezes decorrente, subcoriáceos, face adaxial brilhante, verde-escura, glabra, exceto por tricomas no sulco da venação primária, face abaxial pubescente a esparsamente pubescente, indumento mais denso sobre a venação, tricomas castanhoavermelhados, patentes.

Inflorescência panícula terminal e axilar. Flores rosadas a arroxeadas, 18-23mm; cálice 9-10mm, pubescência castanho-avermelhada, tricomas mais ou menos adpressos a patentes; ovário esparsopubescente, estilete e estipe esparso-pubescentes, tricomas castanho-avermelhados, mais ou menos apressos.

Drupa 4,7-5,6×3,4-4,1cm, 3,4–4,1cm alt., elipsoide, castanhoescura, castanho muito escura quando seca, lisa (superfície diminutamente tuberculada à lente ou microscópio), mesocarpo verde claro, estipe 6-8mm.

Ocorre no Brasil Atlântico, no Sul da Bahia, Espírito Santo, Minas Gerais, Rio de Janeiro e São Paulo. E7, E8: restinga e floresta úmida. Coletada com flores em julho e dezembro.

A principal diferença entre Andira ormosioides e a similar A. fraxinifolia é que a primeira tem flores maiores. Contudo, espécimes de herbário de A. ormosioides podem ser difíceis de separar de espécimes de A. fraxinifolia com
flores maiores que o normal. Observações de campo das formas de crescimento e frutos na Bahia indicam como
distinguir A. ormosioides. O fruto tem um mesocarpo branco-esverdeado pálido, em comparação com o mesocarpo verde de A. fraxinifolia, e A. ormosioides possui longo fuste com copa pequena, mesmo em situações abertas, enquanto A. fraxinifolia possui copa ampla e larga e fuste curto.

Andira ormosioides foi primeiramente descrita por Bentham (1837), mas foi subsequentemente (Bentham 1860, 1862) incluída por ele como variedade de A. anthelmia (Vell.) J.F. Macbr. A espécie nem mesmo é citada na sininímia de Mattos (1979). Isto pode refletir a dificuldade em se reconhecer A. ormosioides em material herborizado e a importância de caracteres de campo para a identificação da espécie.

Fonte: TOZZI, A. M. G. de. A. Subfamília Papilionoideae. Parte integrante da Flora Fanerogâmica do Estado de São Paulo, Instituto de Botânica, São Paulo, v. 8, p. 167-397, 2016.

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