Arbustos ou árvores pequenas, até 12m, copa ampla em situações abertas.
Folhas (5-)7-15-folioladas; raque 6-21,5(-25)cm; estipelas 1-5mm; peciólulos 2-3(-5)mm; folíolos 2-12×0,7-4,2cm, elípticos, estreitoelípticos, estreito-obovais, oblanceolados (mais raramente lanceolados para amplo-obovais), ápice agudo, obtuso a arredondado, geralmente com acúmen até 7mm, base obtusa a arredondada, raramente atenuada, geralmente muito pouco decorrentes, pubescentes a esparsamente pubescentes na face adaxial, indumento mais denso na venação, tricomas pálidos a castanho-avermelhados, patentes.
Inflorescência panícula terminal. Flores róseas a roxas; estandarte com mancha branca na porção central, 13-17mm; cálice castanho a arroxeado, 6-7mm, pubescente a esparsamente pubescente, tricomas mais ou menos adpressos, mais densos nos lobos; ovário pubescente, estipe e estilete esparsamente pubescentes, tricomas castanho-avermelhados, mais ou menos adpressos.
Drupa 2,5-6×1,6-3,8cm, 1,8-4cm alt., elipsoide, verde, castanha ao secar, bastante lisa (superfície irregularmente rugosa ao microscópio ou lente), aroma adocicado, estipe 4-10mm.
Ocorre no Brasil nos estados de Alagoas, Bahia, Distrito Federal, Espirito Santo, Goiás, Minas Gerais, Paraná, Santa Catarina e São Paulo. D6, D7, E7, E8, E9, F6, G6: crescendo em restinga, mata úmida, vegetação secundária e frequentemente encontrada isolada em pastagens; do nível do mar até ca. 1000m de altitude. Coletada com flores de julho a dezembro, com concentração de setembro e outubro, com ocasionais registros espalhados no ano.
Caracteres vegetativos, particularmente o tamanho de folha e folíolos, indumento e sua coloração, são muito variáveis em Andira fraxinifolia. O estudo cuidadoso de mais de 300 espécimes de toda a área de distribuição da espécie demonstra que a variação destes é contínua e, portanto, não pode ser a base para delimitar as espécies e variedades descritas por Mattos (1970, 1973) e outros. Observações de campo demonstram expressiva variação em tamanho de folha e folíolo e indumento em áreas geográficas muito limitadas.
Fonte: TOZZI, A. M. G. de. A. Subfamília Papilionoideae. Parte integrante da Flora Fanerogâmica do Estado de São Paulo, Instituto de Botânica, São Paulo, v. 8, p. 167-397, 2016.