Subarbustos volúveis; estípulas abaxialmente denso-pilosas, 2,8-3,5(-5,5)mm.
Folhas com pecíolo 3,3-10cm; raque foliar 1,2-2,2cm; folíolos 5,2-11,5×3-5,6cm, acentuadamente discolores (ocre/castanho-escuro), levemente lobados, basais assimétricos, papiráceos, nunca coriáceos, esparso-pilosos na face adaxial e densopilosos na abaxial, ovais, terminais 5,2-11,2×3,2-5,5cm, elípticos ou losangulares, ápice agudo e base obtusa ou truncada.
Pseudorracemo 27-53cm, 2-3 flores por nó; pedúnculo 7,5-11,6cm e raque 9-11cm. Flores com cálice externamente piloso, campanulado, dentes 4, carenal amplo deltoide ou triangular, ápice agudo, laterais deltoides ou superficialmente deltoides, raro curvos, ápice agudo, vexilar bilobado; estandarte 1,8-2cm, ápice emarginado, apêndices basais 2, transversais, unciformes, totalmente sobrepostos a 2 aurículas triangulares, não falcadas, cada
porção proximal superior contínua com uma calosidade longitudinal, reta ou levemente curva, na base de cada uma
delas e internamente às mesmas um apêndice longitudinal reniforme, papiloso; asas 2,4-2,5cm, aurículas 2, arredondadas; pétalas da quilha com 1 apêndice unilateral oblíquo ou ausente; estigma lateral.
Legume e sementes não vistos.
Ancistrotropis robusta é uma espécie pouco conhecida, com uma distribuição aparentemente restrita do Vale do Paraíba, em São Paulo, à Serra do Caparaó, no limite entre Minas Gerais e Espírito Santo (Moreira 1997). E8: não há informações sobre o tipo de ambiente que ocupa. Coletada com flores em novembro.
Fonte: TOZZI, A. M. G. de. A. Subfamília Papilionoideae. Parte integrante da Flora Fanerogâmica do Estado de São Paulo, Instituto de Botânica, São Paulo, v. 8, p. 167-397, 2016.