Ervas eretas ou ascendentes, 10-20cm; vilosas a glabrescentes; entrenós 2-5mm.
Folhas sésseis; lâmina 16-21×1-3mm, linear ou estreito-elíptica, ápice agudo, base aguda, nervação inconspícua, face adaxial esparso-pilosa, face abaxial denso-serícea.
Inflorescência semi-globosa terminal, com algumas flores na axila das folhas logo abaixo do glomérulo; pedúnculo ausente. Flores 1-5; pedicelo ausente; brácteas iguais às folhas; bractéolas filiformes; sépalas 15x2mm, lineares, ápice longo acuminado, vilosas; corola 12x12mm diâm., tubo 6mm compr., hipocrateriforme, azul, áreas mesopétalas pilosas; filetes 5mm, anteras 2mm; ovário ovóide, estilete livre 5mm, estigma 5mm.
Cápsula ovóide, 3mm diâm. Esta espécie foi coletada no Paraguai e Brasil. No Brasil está referida para o Distrito
Federal e para os estados de Mato Grosso, Goiás, Minas Gerais e Bahia. Ocorre em campos cerrados. Floresce entre os meses de abril e maio.
Evolvulus chamaepitys caracteriza-se por formar pequenas touceiras, possuir inflorescência semi-globosa terminal e brácteas semelhantes às folhas.
Ooststroom (1934) reconheceu três variedades: var. chamaepitys, que possui folhas lineares e corola até 15mm diâm.; var. paraguensis Ooststr., referida apenas para o Paraguai, caracterizada por apresentar folhas oblongas a lanceoladas e corola também até 15mm diâm. e var. desertorum (Mart. & Choisy) Ooststr. coletada apenas na Bahia e
caracterizada pelas folhas obtusas, oblongas a oblongas-lanceoladas e corola com ca. 20mm diâm. Como não foram estudados os materiais das variedades paraguensis e desertorum, e nem analisados os tipos, estudos posteriores se fazem necessários para melhor delimitação da espécie.
Fonte: SILVA, C. V. da. O gênero Evolvulus L. (Convolvulaceae) no Estado de São Paulo e no Distrito Federal, Brasil. 72f.il. Dissertação (Mestrado) – Instituto de Botânica da Secretaria de Estado do Meio Ambiente, 2008.