Árvores, ca. 6 m alt., dióicas; látex ausente; ramos não viscosos, pubescentes, tricomas estrelados sésseis e subsésseis.
Folhas alternas, simples; limbos cartáceos, inteiros, 8,8–15 × 6,2–8,6 cm, ovados a elípticos, venação actinódroma, ápice acuminado, margem serreada, eglandulosa, base arredondada a retusa, face adaxial glabrescente, face abaxial esparso-pubescente a glabrescente, ambas com tricomas estrelados, face abaxial verde; glândulas presentes na base do limbo, 2–3, discoides; pecíolos 4,3–7,5 cm compr.; estípulas 0,5–0,7 × 0,4–0,6 mm, triangulares, margem inteira.
Inflorescências axilares, unissexuais, tirsos espiciformes (masculinas) formados por flores em glomérulos ao longo da raque, ou espigas (femininas), 3,1–5,2 cm compr.; raques pubescentes a tomentosas; brácteas incospícuas. Flores
estaminadas verdes, em botões, 1–1,2 mm compr.; bractéolas ovadas, ca. 2 × 0,8 mm; pedicelos ca. 0,2 mm compr.; sépalas ca. 1 × 0,7 mm, ovadas, livres, margem inteira, face abaxial glabrescente; pétalas não observadas; estames 6–7, 0,7–0,8 mm compr., filetes achatados, unidos na base. Flores pistiladas verdes, 3,7–6,1 mm compr., sésseis; sépalas 4, ca. 1 × 1 mm, ovadas, unidas na ½ inferior, margem inteira, face abaxial tomentosa; pétalas ausentes; disco nectarífero não observado; ovários 1,3–2,5 × 1,2–1,5 mm, ovoides, tomentosos; estiletes 2–3, levemente unidos na base, glabrescentes.
Frutos e sementes não observados.
Distribuição: Possui distribuição neotropical (Secco 2004), e no Brasil ocorre nas regiões Nordeste, Sudeste, Sul e Centro-Oeste (BFG 2015; Secco 2004).
Comentários: Alchornea glandulosa apresenta duas subespécies no Brasil: Alchornea glandulosa subsp. iricurana difere de A. glandulosa subsp. glandulosa por apresentar ápice do limbo acuminado (vs. caudado) e pela distinta
distribuição geográfica, já que a segunda é restrita à região amazônica. Na SGLA, é encontrada apenas o espécime feminino em uma mata de galeria em fitofisionomia de caatinga.
Fonte: HURBATH, F.; TORRES, D. S. C. & ROQUE, N. Euphorbiaceae na Serra Geral de Licínio de Almeida, Bahia, Brasil. Rev. Rodriguésia, v. 67,n. 2, p. 489-531, 2016.