Lianas, glabras exceto pelas flores.
Estípulas triangulares, deixando cicatriz interpeciolar; pecíolos 5–6 mm; lâminas 6,8–10,7 × 1,8–3,7 cm, elípticas, base cuneada, margem inteira, ápice agudo, cartáceas, secas lustrosas na face adaxial e marrom-esverdeadas.
Inflorescências 3,4–4,4 × 2,7–6,9 cm, axilares; pedúnculos 0–2 mm, ramos subcilíndricos a achatados, verdes; brácteas escamiformes; pedicelos 1,5–3 mm. Flores 2,6–3,2 mm diâm na antese, campanuliformes, aromáticas.
Sépalas 0,5–1 × 0,6–1,3 mm, triangulares, verdes. Pétalas 1,8–2,1 × 1,2–1,4 mm, elípticas a rômbicas, às vezes papilosas, amarelo-esverdeadas a brancas. Estames 1,1–1,3 mm, alternos aos lobos do estigma, filetes 0,55–1 mm, anteras 0,2–0,35 × 0,3–0,45 mm. Ovário e disco 1,1–1,3 mm diâm, ovário 3-lobado, estilete 0,35–0,5 mm, estigma
0,35–0,5 mm diâm, 3-lobado, lobos emarginados a bífidos, deflexos ou patentes, óvulos por lóculo 2.
Bagas 4,2–5,3 × 2–2,9 cm diâm, elipsóides, secas enegrecidas, epicarpo crustáceo, imaturas 3-lobadas, pruinosas, verde-azuladas, maduras subcilíndricas, rugosas, amarelas a alaranjadas. Sementes não vistas.
Tontelea laxiflora distingue-se das outras espécies escandentes da família pelas flores de disco tubular ligado aos lobos do ovário e pelo estigma trilobado. Dados morfológicos complementares da média de medidas de características florais foram obtidos de literatura (Lombardi 2014). Espécie amplamente distribuída na América
do Sul, desde a Colômbia até a Bolívia. No Brasil ocorre nas regiões Norte e Nordeste (Maranhão e Pernambuco). Serra dos Carajás: Serra Norte, N4, em vegetação rupestre.
Fonte: LOMBARDI, J. A. & BIRAL, L. Flora das cangas da Serra dos Carajás, Pará, Brasil: Celastraceae. Rev. Rodriguésia, v. 67, n. 5 (Especial), p. 1285-1290, 2016.