Lianas; ramos cilíndricos, angulares ou quadrangulares, glabros; profilos da gema axilar orbiculares, foliáceos, glabros, ca. 5 mm compr.
Folhas 2-folioladas com o folíolo terminal modificado em gavinha simples; pecíolos 1,1–3,2 cm compr.; peciólulos 0,8–1,5 cm compr.; folíolos 6,2–11,3 × 2,2–5,4 cm, elípticos a obovados, glabros em ambas faces, com esparsos glândulas peltados em ambas faces, concolores, ápice acuminado, base oblíqua, margem inteira.
Inflorescência com brácteas < 5 mm compr., sem glândulas, glabras. Cálice campanulado, coriáceo, 5-denticulado,
glabro; corola rosa a magenta, 3,5–4 × 1,4–1,9 cm, infundibuliforme, glabra, lobos 1,9–2,3 × 1,7–1,8 cm; estames inclusos, filetes maiores ca. 2,6 cm compr., filetes menores ca. 2,1 cm compr., estaminódio ca. 1,3 cm compr.; disco nectarífero ausente; ovário elíptico, verrucoso, estilete ca. 2,5 cm compr., estigma ca. 3 mm compr.
Cápsula elíptica, inflada, 10–15 × 2–3,5 cm, equinada; sementes com alas opacas.
Bignonia sciuripabulum foi coletada no PARNA Itatiaia com flores em novembro, dezembro e fevereiro. Esta espécie pode ser reconhecida pelos ramos quadrangulares e pela corola magenta, sem disco nectarífero e com guias de néctar. Ocorre em florestas úmidas da Colômbia, Venezuela, Guiana, Equador, Peru, Bolívia, Paraguai, Brasil e Argentina (Lohmann & Taylor 2014). No Brasil ocorre nas regiões Norte (PA, AM, TO), Nordeste (MA, PI, BA, AL), Centro-Oeste (MT, GO, DF, MS), Sudeste (MG, ES, SP, RJ), e Sul (PR, SC, RS) (Lohmann 2010). No PARNA Itatiaia foi coletada em áreas de floresta úmida.
Fonte: REICHE, A. P.; MANSANO, V. de. F.; HEIDEN, G. & LOHMANN, L. G. A tribo Bignonieae (Bignoniaceae) no Parque Nacional do Itatiaia, Sudeste do Brasil. Rev. Rodriguésia, n. 71, p. 24, 2020.