Arbustos, 0,6–1 m alt., eretos. Ramo cilíndrico, multicostado, tomentoso. Folhas opostas cruzadas; pecíolo 0,9–2,4 mm compr., tomentoso; lâminas 8–26,3 mm compr., 5,9–20,6 mm larg., elípticas, ovadas ou lanceoladas, ápice mucronado, base arredondada, margem serreada ou inteira, levemente revoluta, face adaxial glabra, às vezes serícea nas nervuras, face abaxial esparsamente serícea, glanduloso-pontoada, broquidódromas. Capitulescência em panículas umbeliformes; capítulos com pedúnculo 1,1–3 mm compr., tomentoso; invólucro estreito-campanulado, 2,7–6,6 mm compr., 2,4–3,9 mm larg.; bráctea subinvolucral oblongolanceolada, ápice arredondado, margem inteira; brácteas involucrais 2,5–5,3 mm compr., 1,5–1,8 mm larg., oblongo-lanceoladas, ápice arredondado, margem inteira, hialina, ciliada, glabras. Receptáculo plano, glabro. Corola glabra, tubo 1,3–1,4 mm compr.; fauce alargada, 2–2,4 mm compr.; lacínias 1,1–1,2 mm compr. Anteras com base sagitada, apêndice apical lanceolado. Ramos do estilete lineares, mamilosos. Cipselas obcônicas, 1,1–2,4 mm compr., 0,4–0,8 mm diâm., glabras; carpopódio simétrico, anelar. Pápus 4,6–5,4 mm compr.
Mikania itambana é endêmica de Minas Gerais, em áreas de Cerrado. Na área de estudo pode ser encontrada em campo rupestre. A espécie pode ser reconhecida por apresentar seus ramos tomentosos, lâminas com margem revoluta e venação broquidódroma e brácteas involucrais glabras. É próxima de M. leiolaena, mas esta apresenta ramos hirsuto-tomentosos, lâminas com margem serreada, venação camptódroma e pápus alaranjado.
Fonte: CONTRO, F. L. & NAKAJIMA, J. N. Flora da Serra do Cipó, Minas Gerais: Asteraceae – Eupatorieae. Bol. Bot. Univ. São Paulo, v. 35, p. 113-162, 2017.