Plantas robustas, caules glabros, brotos glaucos. Folhas com pseudoestípulas 1,3-3,2cm, orbiculares, auriculadas;
pecíolo 2-6,5cm, glabro, sulcado, flexuoso na base; lâmina 4-11,5×5,3-14cm, delto-cordada, membranácea, ápice agudo, margem inteira, base auriculada a truncada, glabra, glauca.
Flores vistosas, solitárias, bracteadas, glaucas; pedúnculo 7,4-11,4cm, glabro, glauco; perigônio peltilabiado, glabro;
utrículo 2,7-4×1,3-2cm, verde amarelado; tubo 20-25×4-6mm, verde-purpúreo; lábio pelto-cordado, 6,5-10×5-8,5cm, ápice arredondado (a pouco emarginado), mucronado, externamente alvo-arroxeado e internamente marmoreado vermelho-purpúreo, fundo amarelo, máculas concentradas na fauce, mancha ocelar purpúrea na região superior desta; ginostêmio séssil 6-10mm.
Cápsula 3,7-7×1,4-2cm, rostro 0,6-1cm, pequeno disco subapical; sementes 4-12×4-5mm.
Apresenta ampla área de distribuição das Antilhas até Argentina. B3, B6, D5, D6, E7: margens de rios, ou áreas abertas e matas de galeria, sendo muito cultivada o que a tem levado a diversas regiões, inclusive a países de clima temperado. Coletada com flores praticamente o ano todo (exceto agosto) e com frutos em todos os meses. É utilizada como ornamental e fitoterápica (mesmos usos de A. gigantea).
Hoehne (1942) aponta dúvidas sobre a sinonímia de A. littoralis Parodi que, em se tratando de mesmas espécies, tal nome deveria ser considerado válido por ser anterior a A. elegans. Ahumada (1975) afirma que a espécie descrita por Parodi se assemelha mais a A. odoratissima. A. elegans difere da espécie mencionada por apresentar pedúnculo e bojo pendentes, além dos lobos do perigônio largamente arredondados; as folhas também são diferentes na forma.
Fonte: CAPELLARI-JÚNIOR, L. Aristolochiaceae. Parte integrante da Flora Fanerogâmica do Estado de São Paulo, Instituto de Botânica, São Paulo, v. 2, p. 39-50, 2002.