Lauraceae – Ocotea notata

Árvores, 10 m alt.; ramos cilíndricos, não lustrosos, glabros.

Folhas alternas; pecíolo 1−2 cm compr., achatado, glabro; lâmina 5,5−13 × 2,5−5 cm, ovada ou ovado-elíptica, ápice acuminado, base atenuada, face adaxial glabra, reticulação densa, nervura primária subsaliente, secundárias planas,
face abaxial glabra, reticulação densa, nervuras planas, secundárias 5−7 pares, ângulo de divergência 40º−60º, nervação camptódroma-broquidódroma, domácias ausentes.

Inflorescências axilares ou subterminais; tirsóide 3−6 cm compr., pauciflora ou multiflora, glabra. Flores unissexuadas; estaminadas com pedicelo 2−3 mm compr.; hipanto inconspícuo, internamente pubérulo; tépalas 2−2,3 mm compr., ovalado-elípticas, face abaxial glabra, face adaxial glabrescente; estames das séries I e II 1,4−1,6 mm compr., filetes pouco mais curtos que as anteras, glabros, anteras ovalado-retangulares, ápice obtuso, glabras, locelos introrsos; estames da série III 1,4−1,7 mm compr., filetes pouco mais curtos que as anteras, glabros, anteras retangulares, ápice truncado, locelos laterais; estaminódios da série IV inconspícuos ou ausentes; pistiloide filiforme, glabro; pistiladas com estaminódios ca. 0,7 mm compr.; pistilo ca. 1,3 mm compr., glabro, ovário globoso, estilete curto, espesso, estigma discóide. Cúpulas 0,6 × 0,6 cm, sub-hemisféricas, margem simples.

Frutos 0,9 × 0,6 cm, elipsoides.

No Paraná Ocotea notata é encontrada na FOD Montana, a cerca de 900 m, ocupando o sub-bosque. A espécie é rara no Paraná, entretanto, essa raridade pode estar relacionada com seu limite austral de ocorrência, a região limítrofe entre o Leste do Paraná e Sudeste de São Paulo, por isso é categorizada nos critérios da IUCN (2001) como Em Perigo (EN B1ab(iii)). Em material vivo a coloração das flores varia de creme a amarelada. Sua principal característica são os pecíolos achatados. Floresce de dezembro a janeiro e frutifica de junho a agosto.

Fonte: BROTTO, M. L.; CERVI, A. C.; SANTOS, E. P. dos. O gênero Ocotea (Lauraceae) no estado do Paraná, Brasil. Rodriguésia, Rio de Janeiro, v. 64, n. 3, p. 495–525, set. 2013.

Deixe um comentário