Planta cespitosa; caule simples ou pouco ramificado, 7-65×1,5-2cm no ápice.
Folhas trísticas, as vivas 8-21 em cada ramo; lâmina foliar 12-66×0,4-0,7cm na base, linear, arcuada, glabra, margens esparsamente longo-serreadas, ápice atenuado.
Flores 1-3 por ramo; pedicelo 16-35cm, liso na metade proximal e com curtas emergências estipitado-glandulares esparsamente distribuídas na metade distal; hipanto estreito-campanulado, trígono, costado, subdensamente coberto de emergências semelhantes às do pedicelo, região do ovário 10-25×3-5mm, tubo do hipanto 4-7×4-5mm; tépalas 2-3cm, rosa-escuro a violeta, as externas 0,6-1cm larg., estreito-elípticas, às vezes esverdeadas, subdensamente cobertas de emergências sésseis na face abaxial, glabras na adaxial, as internas 1-1,5cm larg., rômbico-elípticas, com emergências sésseis sobre a nervura central da face abaxial, lisas no restante; lobos da corona ca. 1cm, rosa-escuro a violeta, oblongos, ápice bifurcado; anteras 10-15mm, basifixas, atro-violáceas, inseridas na base dos lobos da corona, ultrapassando ou não a corona; estilete ca. 15mm, estigmas 3, ca. 1,5mm, linear-oblongos, na base do terço apical do estilete.
Cápsula deiscente por fendas entre as costelas.
Ocorre no Pico dos Marins e na Pedra da Mina, Serra da Mantiqueira, divisa com Minas Gerais, a cerca de 2.700m de altitude e, disjuntamente, no Maciço da Juréia, em Iguape e Peruíbe, nos afloramentos rochosos, do nível do mar a 320m de altitude. D9, F6. Coletada com flores e frutos de maio a fevereiro.
Fonte: MELLO-SILVA, R. de. Velloziaceae. Parte integrante da Flora Fanerogâmica do Estado de São Paulo, Instituto de Botânica, São Paulo, v. 4, p. 371-376, 2005.