Verbenaceae – Verbena litoralis

Erva, ca. 0,8 m alt., ramificada, ramos tetragonais, eretos, tricomas simples.

Folhas subsésseis a pecioladas, lâmina 1,5-7,5 × 0,5-1,5 cm, membranácea, elíptico-ovadas, oblongas ou obovada,
ápice obtuso a agudo, cuneadas, margem irregularmente serreado-dentada, base ligeiramente subamplexicaule, auriculada, face adaxial e abaxial escabro-estrigosas ao longo das nervuras.

Inflorescência terminal, delgada, filiforme, paniculiforme, 2-3 cm compr., as laterais superando a principal, brácteas verdes, ovais, 15-35 mm compr., margem ciliada, glabras na face adaxial. Cálice 5-laciniado, 0,2-0,3 cm compr., tricomas simples. Corola infundibiliforme, roxa, lilás ou branca, tubo reto, tubo da corola 2-3 mm compr. Estames 4 perfeitos, inseridos na metade inferior do tubo da corola, didínamos. Ovário ca. 1 mm compr.

Fruto oblongo, ca. 1,5 mm compr., mericarpos castanhos, reticulados externamente.

Verbena litoralis é uma espécie amplamente distribuída, muito comum na América do Sul, desde o México até a Argentina (O’ Leary et al. 2007). No Brasil ocorre nos estados de Minas Gerais, Rio de Janeiro, São Paulo, Paraná, Rio Grande do Sul e Santa Catarina, na Floresta Atlântica (BFG 2015). Considerada ruderal, segundo as definições de Moro et al. (2015), pode apresentar grande variação morfológica ao longo da área de distribuição (O’Leary et al. 2007).

No PEIB, V. litoralis é encontrada em borda de nanofloresta nebular, próximo ao Centro de Visitantes, em área de grande fluxo de turistas. Como não existem registros mais antigos desta espécie na área, provavelmente sua presença esteja relacionada ao impacto antrópico recente.

Fonte: CRUZ, L. V. V. & SALIMENA, F. R. G. Verbenaceae J.St.-Hil. do Parque Estadual do Ibitipoca, Minas Gerais, Brasil. Bol. Bot. Univ. São Paulo, v. 35, p. 65-74, 2017.

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