Subarbusto, ca. 0,6 m alt., ramificado, ramos cilíndricos, tricomas glandulares.
Folhas sésseis, lâmina 2-5 × 1-2 cm, subpatente, coriácea, oboval, ápice obtuso, margem serrilhada, base atenuada, face adaxial e abaxial densamentes cobertas por tricomas simples e glandulares.
Inflorescência robusta, congesta, espigas terminais 4-6 floras, 3-6 × 3 cm, brácteas verdes, estreito-ovais, ca. 8 mm compr., tricomas curtos, glandulares. Cálice 2-laciniado, ca. 14 mm compr., tricomas glandulares externos. Corola
infundibuliforme, azul escuro, tubo ligeiramente curvo, ca. 15 mm compr. Estames 2 perfeitos, inseridos na metade do tubo da corola, estaminódios 2. Ovário ca. 2 mm compr.
Fruto não visto.
Stachytarpheta sellowiana é endêmica do Brasil, restrita ao estado de Minas Gerais (BFG 2015). A espécie é considerada ameaçada, com populações restritas à região Sul da Serra da Mantiqueira (Atkins 2005). Foi encontrado apenas um registro para o PEIB, datado de mais de 45 anos, cuja coleção faz referência à “Serra do Ibitipoca”.
Uma vez que não há registros recentes na área, é possível que a espécie nunca tenha de fato ocorrido nos limites da Unidade de Conservação, com apenas ocorrências nos campos limpos do entorno ou tenha desaparecido localmente.
Pode ser reconhecida por apresentar folhas obovais, subpatentes concentradas nos ápices dos ramos e flores de azul intenso.
Fonte: CRUZ, L. V. V. & SALIMENA, F. R. G. Verbenaceae J.St.-Hil. do Parque Estadual do Ibitipoca, Minas Gerais, Brasil. Bol. Bot. Univ. São Paulo, v. 35, p. 65-74, 2017.