Subarbustos ou arbustos 0,3-2 m alt.; ramos cilíndricos, glabros. Estípulas bipartidas a partir da base, decíduas, 1-4 x 2-4 mm, lobos dentiformes, glabros.
Folhas opostas, pecioladas; pecíolo 8-12 mm compr.; lâmina lanceolada a oval, base atenuada a decorrente, margem plana a ligeiramente revoluta, ápice longamente acuminado, 4-8 cm compr., 1-2,5 cm larg., subcartácea, concolor, glabra; venação broquidódroma, nervuras secundárias (4-)6-7 pares, oblíquas, espaçadas, salientes na face abaxial, planas na face adaxial, retículo evidente na face abaxial.
Inflorescências terminais, cimosas arredondadas, avermelhadas, pedunculadas; pedúnculo 0,8-1,2 cm compr., piloso, terminando em cimeiras (3-)5-floras, glomeruloides, envolvidas por 4(-6) brácteas alvas a róseas, ovais a lanceoladas, 5-7 mm compr., 2-4 mm larg.; flores 5(-6)-meras, sésseis; hipanto turbinado, 2 mm compr., lacínios levemente ondulados, ciliados, ca. 1 mm compr., ca. 1 mm larg.; corola alva, 4-4,5 mm compr., 2-3 mm larg., esparsamente pilosa, principalmente no ápice dos lobos e interior do tubo, lobos reflexos; estames subsséseis nas flores longistilas; estigma bífido, piloso, exserto nas flores longistilas.
Drupas globosas a subglobosas, ligeiramente sulcadas quando secas, azuis a vináceas quando maduras, 2-3 mm compr., 2-4 mm diâm.
Amplamente distribuída no leste da América do Sul, P. hoffmannseggiana ocorre em todos os biomas brasileiros. Psychotria tenerior (Cham.) Müll. Arg. é uma espécie semelhante a P. hoffmannseggiana, mas, segundo Taylor (2007), diferencia-se da mesma pelas inflorescências mais largas e pelo hipanto maior (8 mm compr. em P. tenerior). Na Serra do Cipó, P. hoffmannseggiana foi coletada em mata ciliar, com flores em novembro, dezembro, abril e maio,
frutificando de fevereiro a julho.
Fonte: ZAPPI, D. C.; CÁLIO, M. F. & PIRANI, J. R. Flora da Serra do Cipó, Minas Gerais: Rubiaceae. Bol. Bot. Univ. São Paulo, v. 32, n. 1, p. 71-140, 2014.