Árvores ou arvoretas, 2-6 m alt.; ramos jovens quadrangulares, fistulosos, glabros, não suberificados. Estípulas bipartidas, conatas, persistentes, 3-5 x 4-6 mm.
Folhas (3-)4-5-verticiladas, pecioladas; pecíolo 1-1,8 cm compr.; lâmina oval a estreitamente lanceolada, base aguda a decorrente, margem plana, ápice longamente acuminado, (7-)10-20 cm compr., (2-)3-8 cm larg., cartácea, tomentosa na face abaxial, glabra a esparsamente curto-pilosa na face adaxial; venação broquidódroma, nervuras secundárias 10-20 pares, salientes na face abaxial, nervuras intersecundárias e retículo conspícuos na face abaxial.
Panículas multifloras piramidais, longo-pedunculadas, vermelhas; hipanto 1-1,5 mm compr., ca. 1 mm larg., tubo ausente, lobos curtos, patentes; corola amarela (alva com tricomas castanhos em Campos et al. CFSC 13170), 10-12 mm compr., ca. 3 mm larg., lobos patentes; estigma bífido.
Infrutescência vinácea, drupas bi-globosas, costadas, verde-claras, 3-4 mm compr., 5,5-6 mm larg.; sementes não observadas.
Palicourea tetraphylla ocorre na Mata Atlântica e matas ciliares associadas aos cerrados nos estados de Minas Gerais, São Paulo e Espírito Santo (Barbosa et al. 2014). Na Serra do Cipó, ocorre em matas ciliares e foi coletada com flores em julho e janeiro, frutificando em março.
Fonte: ZAPPI, D. C.; CÁLIO, M. F. & PIRANI, J. R. Flora da Serra do Cipó, Minas Gerais: Rubiaceae. Bol. Bot. Univ. São Paulo, v. 32, n. 1, p. 71-140, 2014.