Rubiaceae – Cordiera concolor

Arbusto 0,6-2(-3) m alt., ramos com casca avermelhada desprendendo-se em tiras, râmulos levemente pilosos, glabrescentes. Estípulas triangulares, 1 mm compr., não vernicosas, decíduas.

Folhas opostas, raramente verticiladas na base dos ramos, sésseis ou pecioladas; pecíolo (0-)1-3 mm compr.; lâmina estreitamente a largamente elíptica ou oboval, base aguda a arredondada ou truncada, ápice agudo a truncado ou obtuso, (2-)2,5-5,5 cm compr., (1-)1,2-2,5 cm larg., cartácea, fortemente discolor, face abaxial fosca, secando castanho-clara ou olivácea com nervuras castanho-avermelhadas, face adaxial brilhante, secando castanho-escura a enegrecida, com nervuras mais claras, ambas as faces glabras; venação broquidódroma, nervuras secundárias 4-6
pares, salientes em ambas as faces, domácias barbeladas na junção com a nervura principal ocasionalmente presentes.

Botões florais agudos, tubo da corola externamente seríceo; flores masculinas em grupos de 2-5, flores femininas solitárias; hipanto 2-2,5 mm compr., tubo do cálice truncado a levemente denteado; corola tubulosa, 5 mm compr., alva a rosada, lobos ereto-patentes, pilosos internamente (CFSC 13601).

Bagas 3-6 mm diâmetro, pericarpo liso, verde passando a avermelhado, vináceos ou negros quando maduros; sementes 7-10, arredondadas, castanho-claras, ca. 3 mm compr.

Cordiera concolor ocorre nos estados do Sudeste do Brasil, geralmente associada a vegetação campestre e alcança os campos rupestres da Bahia (Stannard & Zappi 1995). O espécime Pirani 5011 não apresenta folhas discolores com nervação abaxial mais clara. O material Flores 280 apresenta características intermediárias entre C. concolor e C.
elliptica.

Fonte: ZAPPI, D. C.; CÁLIO, M. F. & PIRANI, J. R. Flora da Serra do Cipó, Minas Gerais: Rubiaceae. Bol. Bot. Univ. São Paulo, v. 32, n. 1, p. 71-140, 2014.

Deixe um comentário