Phyllanthaceae – Phyllanthus angustissimus

Subarbusto 70 cm alt., monoico. Ramificação não filantóide. Ramos modificados em cladódios; cladódios 6–11 × 0,1–0,2 cm, lanceolados a falcados, marrons quando adultos e esverdeados quando jovem, base cuneada, ápice obtuso, achatados, coriáceos, glabros.

Catafilos ausentes. Estipulas não observadas. Pecíolo não observado. Limbo foliar caduco, presente apenas nos ramos jovens, não observadas. Brácteas ca.1 mm, triangulares, glabras. Fascículos com 2–4 flores, ou flores solitárias, dispostos nas margens dos cladódios.

Flores estaminadas: pedicelo 0,5 mm compr., glabro; sépalas 5, 1–1,5 mm compr., livres, unisseriadas, oblongas a elípticoobovais, ápice levemente obtuso a arredondado, faixa central amarelada evidente, membranáceas, margem inteira; disco 5, segmentos, reniformes, liso, alternos as sépalas; estames 3, totalmente unidos, formando uma coluna, anteras com rimas verticais. Flores pistiladas: pedicelo 2 mm compr., glabro; sépalas 5, 1,5 mm compr., livres, unisseriadas, oblongas a elípticas, ápice obtuso, faixa central avermelhada evidente, membranáceas, margem
inteira; disco inteiro; ovário ca. 0,5 mm compr., globoso, liso, estiletes 3, menor que 1mm compr., livres, bífidos, estigmas não capitados.

Capsula e sementes não observadas.

Distribuição e comentários: Phyllanthus angustissimus é endêmica do Brasil, onde ocorre na Região Sudeste (MG); Sul (RS) e Nordeste (BA) ocorrendo em vegetações de campos rupestres, afloramentos rochosos e restingas (Silva & Sales 2008, Cordeiro 1992, Flora do Brasil 2020 em construção). No domínio da Mata Atlântica do Nordeste foi encontrada apenas em vegetações de restingas (Fig. 6). Coletada com flores no mês de junho. É facilmente reconhecida pelos ramos modificados em cladódios achatados com aproximadamente 1–2 mm de largura, e pelas flores estaminadas e pistiladas com 5 sépalas.

Seu status de conservação na área de estudo é criticamente ameaçada (CR), em virtude de possuir uma EOO de 0.000 km2 e uma AOO de 4.000 km2 (IUCN 2001). Além disso, a espécie é conhecida apenas por uma coleção na Mata Atlântica do Nordeste, sendo esta, fora de unidades de conservação.

Fonte: TORRES, A. M. Taxonomia de Phyllanthaceae na Mata Atlântica Nordestina, Brasil. 2020. 179 f. Dissertação (Mestrado em Botânica) – Universidade Federal Rural de Pernambuco, Programa de Pós-Graduação em Botânica, Recife, 2020.

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