Phyllanthaceae – Phyllanthus almadensis

Subarbusto 40 cm alt., monoico. Ramificação não filantóide. Ramos 2 cm compr., cilíndricos, pinatiformes, glabros, não modificados em cladódios.

Catafilos ausentes. Estípulas 1–1,5 mm compr., lanceoladas, glabras. Pecíolo 1,5 mm compr., cilíndrico, glabro. Limbo foliar 5–7 × 2–3 cm, presente apenas nos ramos secundários, oposto, oval a oval-elíptico, base arredondada,
ápice obtuso, cartáceo, levemente discolor, faces abaxial e adaxial glabras, margem inteira, nervação broquidódroma.

Inflorescência racemosa, terminais, 5–9 cm compr., compostas por 2–3 flores estaminadas, flores pistiladas solitárias. Brácteas 1,5–2,5 mm compr., ovais a lanceoladas, glabras. Flores estaminadas: pedicelo 2 mm compr., glabro; sépalas 4–5, 1–1,3 mm compr., livres, unisseriadas, obovais, ápice arredondado, com faixa central amarelada
evidente, membranácea, margem inteira, disco glandular com 5 segmentos, obtriangulares, lisos, alternos as sépalas; estames 3, ca. de 0,5 mm compr., livres, anteras com rimas horizontais. Flores pistiladas: pedicelo 2 mm compr., glabro; sépalas 5, 1–1,2 mm compr., livres, unisseriadas, obovais, ápice arredondado, com faixa central amarelada evidente, membranáceas; disco pateliforme, liso; ovário ca. 0,3 mm compr., globoso, liso, estiletes 3, menor que 1mm compr., livres, bífidos, estigmas capitados.

Capsulas e sementes não observadas.

Distribuição e comentários: Phyllanthus almadensis é endêmica da Mata Atlântica do Nordeste (Fig. 6), onde tem ocorrência registrada apenas para a região cacaueira do estado da Bahia. Coletada com flores em outubro. É facilmente reconhecida pelas folhas opostas, ovais a oval-elípticas e pelos racemos unissexuais terminais, sendo as folhas opostas e inflorescência racemosa exclusivas em relação as outras espécies da região Nordeste.

Seu status de conservação na área de estudo é categorizada como em perigo (EN), em virtude de possuir uma EOO de 0.000 km2 e uma AOO de 8.000 km2 (IUCN 2001). Além disso,  a espécie é conhecida apenas por duas coleções incluído a coleção tipo, ambas fora de unidades de conservação.

Fonte: TORRES, A. M. Taxonomia de Phyllanthaceae na Mata Atlântica Nordestina, Brasil. 2020. 179 f. Dissertação (Mestrado em Botânica) – Universidade Federal Rural de Pernambuco, Programa de Pós-Graduação em Botânica, Recife, 2020.

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