Orchidaceae – Veyretia simplex

Plantas terrícolas, áfilas na floração, 13,0-22,0 cm alt.

Inflorescência em racemo espiciforme, pauciflora, laxa; bainhas lanceoladas, ereto-patentes, laxas, 1,5-3,0 cm compr., ápice acuminado; raque 2,0-4,0 cm compr.; brácteas florais ereto-patentes, elípticolanceoladas, externamente pilosas, ca. 1,5 cm compr., ca. 0,5 cm larg., ápice acuminado. Flores brancas com nervuras esverdeadas, ereto-patentes, pubérulas; ovário claviforme, arcado, piloso; sépala dorsal elíptica a largamente lanceolada, a porção apical longa, estreita, ca. 12,0 mm compr., ca. 4,0 mm larg., ápice obtuso, recurvado, sépalas laterais oblongo-lanceoladas, falcadas, ca. 12,0 mm compr., ca. 2,0 mm larg., ápice obtuso; pétalas lanceolado espatuladas, falcadas, assimétricas, 10,0-11,0 mm compr., ca. 2,0 mm larg., ápice obtuso, reflexo; labelo 3-lobado, ca. 15,0 mm compr., ca. 5,0 mm larg., base ungüiculada, dotada de nectários conspícuos, subulados, pubescentes, o terço médio alargado em lâmina obovada, constrita no ápice, então, prolongado em lobo mediano pequeno, ungüiculado, sub-rômbico, ovado; ginostêmio curto, robusto, ca. 5,0 mm compr., dilatado para o ápice em 2 aurículas; rostelo conspícuo, ereto, ligulado.

Fruto não visto.

Veyretia simplex distribui-se desde Trinidad e Venezuela até o sul do Brasil. No território brasileiro, ocorre nas regiões Sul, Sudeste, Centro-Oeste e Nordeste (Pabst & Dungs 1975; Toscano-de-Brito & Cribb 2005). Cresce em vegetação de transição entre campo rupestre e campos abertos em vegetação herbácea. Pode ser identificada pela sépala dorsal e pétalas que apresentam ápice recurvado, pelo lobo mediano ungüiculado, sub-rômbico do labelo, e pelo ginostêmio auriculado no ápice. Floresce de outubro a janeiro.

Fonte: GUIMARÃES, L. R. S. Flora da Serra do Cipó (Minas Gerais, Brasil): Orchidaceae – subfamília Vanilloideae e subtribos Dendrobiinae, Oncidiinae, Maxillariinae (subfamília Epidendroideae), Goodyerinae, Spiranthinae e Cranichidinae (subfamília Orchidoideae). 150f, il. Dissertação (Mestrado), Instituto de Botânica da Secretaria de Estado do Meio Ambiente, 2010.

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